Jornalistas, Politicos, ajuste directos e outras casmurrices

Jornlistas, blogueiros e Twitteiros ficaram excitadissimos com os ajustes directos de uma entidade do estado que descobriram na Internet. Fala-se principalmente dessa e nem uma palavra sobre as restantes.

Para quem não sabia, o Base, que como o Paulo Querido diz e bem, os jornalistas casmurros só agora descobriram na Internet ao fim de quase 2 anos, só foi possível pela casmurrice de políticos, juristas e técnicos, todos pagos pelos nossos impostos e a cumprir com a vontade Política e Legislação desses mesmos políticos da anterior legislatura

Existe um segundo site, feito da carolice e vontade de defensores do software livre chamado Transparencia-Pt, mas que só é possível porque usa os conteúdos registados no Base ao abrigo do novo Código de Compras Publica e respectivas portarias.

Os jornalistas, como não está em nenhum Press Release, ninguém os convidou para nenhum beberete, nem nenhuma máquina de comunicação partidária os acicatou, não se vão lembrar que os políticos casmurros de que falo são José Sócrates e Mario Lino, de quem preferem lembra-se apenas para os acusar de roubar a coisa publica.

Perguntas para o Delito de Opinião sobre os Direitos, esses chatos

No Delito de Opinião, Pedro Correia, julgo que do Diário de Noticias, escreve que O primeiro dever de um jornalista é informar.

Se “o primeiro dever de um jornalista é informar.“, que prioridade deve um jornalista dar a esse relativamente aos direitos inscritos da Constituição da Republica Portuguesa? Devem os deveres de uma pessoa sobrepor-se aos direitos de outra? Não vale invocar o direito de informação dos outros porque o jornalista não têm legitimidade democrática ou legal para representar os outros. Não sei se será caso de conversar primeiro com um Provedor do Leitor antes de opinar…

Será que a “Essa diligente rapaziada” a que se refere, não será ele mesmo quando propõem que está tudo bem em pisar direitos e legalidades desde que se cumpra com os fins que defende?

Será que os “teóricos que nunca escreveram uma notícia na vida” a que também se refere é alguém dali do Jugular? Ou será alguém dali do Blasfémias?

Será do tempo ou não fazia parte do guião insultar também os Abrantes do Câmara Corporativa?

Este dever invocado para os jornalistas sofre do mal de só se ver a ele próprio, ignorando por completo todos os que o rodeiam.

É também dever de um jornalista não se tornar notícia, mas ultimamente já são muitos os que, demasiado enleados nas teias de contactos que teceram para chegar à noticia, descobrem as suas acções transformadas em noticia.

Liguem lá este post agora à Maçonaria cor-de-rosa, ou seja lá qual for o nome esquizofrénico e paranóico com que desumanizaram os vossos opositores políticos.

Momentos diz o roto ao nú da silly season

Nu e chateadoDas caixas de comentários do quadrante mais à minha esquerda ao ponto na Internet em português mais distante à minha direita, entretém-se a populaça atirando acusações de comprometimento moral e falta de ética.

Cala-te, oh f.” de um lado. “Prendam o Cerejo” do outro. Os acicadores de feras e catastrofistas de serviço lá estão para provocar as reacções mais bestiais nas caixas de comentários.

No blog do Cachimbo de Magrite (à minha direita) um comentador que diz ter 16 anos e dar pelo nome de Carlos França (acusado de se encontrar à minha esquerda) é acusado por um Anónimo (à minha direita) de se tratar de outro pseudónimo de um autor do blog Câmara Corporativa pelo seu outro pseudónimo de Miguel Abrantes (à minha esquerda).

Ainda me estão a acompanhar? Acham que mais alguém para alem dos envolvidos está realmente interessado nisto?

Como é silly season, ficam as analogias de merda para ilustrar a javardice que para ali vai:

  • Tanto jornalistas como trauliteiros políticos, em papeis que se confundem, são todos eles poços de virtudes tão fundos que tenho receio de me afundar;
  • Da gritaria de Fernanda Câncio, às acusações de José Manuel Fernandes, o baile está armado, mas os políticos foram a banhos e só cá estão os peões para dançar; e
  • Como não temos Rei, fica aqui uma foto do Presidente da Republica nu.

Entendo que aqueles que como eu tem mulher e filhos para se preocuparem, querem mais é que fique tudo resolvido sem chatices. Resolvam lá isso e parem com o barulho que as crianças querem dormir.

Os Abrantes, as falácias e a desumanização do opositor

A blogosfera está a revisitar todas as tácitas das guerras passadas. Fá-lo ao desumanizar opositores atacando o seu carácter. Isto está a tornar-se principalmente visível na oposição ao Partido no Governo. Referem-se aos seus opositores como Abrantes.

A desumanização do opositor foi algo que sempre se usou em todas as guerras. Usam-nos para condicionar psicologicamente quem os ouve, garantindo-lhes a imunidade necessária aos actos que se seguem. Em Portugal esses actos têm servido para pisar direitos constitucionais e com isso tentar apoiar o ataque ao homem como uma forma de atingir a vitória politica.

Mas nem aí foram originais na sua proposta política. Apresentam-se perante nós apoiados em mais um argumento ferido na lógica, uma falácia. Em lugar de argumentarem ideias, apresentam-nos a lista toda de tipos de falácias possíveis.

Do Argumentum ad hominem (Ataque ao argumentador) ao Argumentum ad populum (Apelo ao Povo), passando pelo Post hoc ergo propter hoc (Por ser sequenciais, são causa e efeito)… é escolher daqui a falácia a gosto e ligar aos vários sites. Ideias, nem vê-las porque julgam os outros por eles mesmos e por isso receiam que lhes façam a eles o que aos outros fizeram. E se calhar têm razão para se preocupar.

Os militantes partidários são homens, e por isso é natural que entre eles haja dos que são melhores, dos que são menos bons e dos que passávamos bem sem eles.

Em todos os grupos de discussão existe o perigo de uma minoria altamente vocal (Leia-se “um grupo de gente histérica”) monopolizar 90% do tempo de comunicação e assim tomar de assalto esse fórum. Isto foi o que aconteceu ao nosso espectro politico.

A algazarra criada pelas vozes da histeria é tanta, que os valores melhores não se destingem na estática da falta de valor.

Se diminuírem o número de luminárias algazarrentas, talvez comecemos a ouvir mais as vozes da razão e menos as vozes da confusão.

Agora que mudámos as caras em São Bento…

Em São Bento temos novas caras que vamos conhecer brevemente.

Não falo do governo, porque esse tem a cara de José Socrates venham lá que Ministros vierem, mas da Assembleia da Republica.

Todos dirão:
– Eu estou do vosso lado. Farei tudo o que vos disse na minha campanha eleitoral. – Mas não nos dirão o quando. Afinal, quem governa terá de tomar a iniciativa e a oposição terá a reacção que já sabemos: opôr-se.

Quando lá chegam, concluem sempre que é impossível. Isto serve para todos os políticos:
– O antecessor gastou o que havia, deixando-nos a todos na miséria.

Com tanta informação e acto publico, mas depois com tanto desconhecimento, fico com a sensação que os opositores nunca estudaram a lição.

Depois vêm as desculpas do costume:
– A vida está difícil para todos. Eu nem vou poder trocar o meu BM pelo modelo novo. Onde é que isso já se viu. O que é que vem aí a seguir? Ainda me pedem para guiar o meu próprio carro.

Para poupar o dinheiro dos contribuintes vão propor que Institutos públicos sejam fundidos e que outros sejam separados.

O Governo vai dizer que não vai despedir ninguém quando mandar apertar o cinto. Excluiu logo à partida os quadros técnicos, médios e administrativos.
Questionados sobre a razão desta actuação afirmarão:
– Se os despedirmos, quem é que vai efectuar o trabalho?

Como politica de contenção de despesa, o CDS-PP vai investigar e descobrir que alguns funcionários do estado não usam totalmente o subsidio de refeição para comer.

Confrontados com esta descoberta, afirmarão em comunicado que irão propor cortar-lhes o subjante do subsidio. Afinal de contas, se não o usam para comer, é porque não precisam.

O baile está armado. Fico com a ideia que fosse qual fosse o resultado das eleições, eu não ficaria satisfeito com o que viesse a seguir, não porque fosse ideologicamente contra, mas porque a seguir vem sempre as desculpas de mau orçamentista.