Festim de sangue

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Prepara-se o fim de todo um ciclo político, social e económico.

Começado da ganância de quem já tinha muito e terminado agora da mesma forma com uma herança pesada a quem vier depois.

Partida das “obras dos governos” que construíram durante décadas em nosso nome com dinheiro emprestado pelos outros sem nunca ter qualquer intenção de pagar.

Tarde ou cedo os que emprestaram quereriam o dinheiro de volta e ao estilo agiota mataram primeiro o peixe pequeno para condicionar o peixe graúdo.

Os partidos políticos no hemiciclo esfregam as mãos de contentes, não porque vão mudar alguma coisa, mas por poderem mais uma vez gastar o dinheiro que não é deles para mais um ciclo de eleições.

O povão segue a gritar atrás dos algozes gastadores do nosso futuro, sem sequer perceber que serão o prato seguinte no festim.

Em inglês é que a gente se entende

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Fartos de falar em português no Partido Social Democrático (PSD), decidiram dar um novo fôlego a isto tudo falando em inglês.

Afinal parece que o ensino do inglês aos mais novos não era tão descabido. Ficam de fora toda uma geração de nacionalistas que se recusaram a aprender outra língua que não fosse a materna e todos os outros que por falta de possibilidade não o puderam fazer.

Agradeço aos meus paizinhos que providencialmente me pagaram as aulas de inglês há muitos anos, ainda antes de ser moda.

A mesa de voto e o Portal do Eleitor nas Eleições Presidenciais 2011

Na mesa de voto onde votei, a senhora informava dois eleitores com cartão do cidadão que “O site está muito lento.” e ainda que “Por SMS nem ao fim de meia hora.”. Isto acontecia porque os cidadãos eleitores tinham deixado para a ultima consultar a secção de voto que lhes correspondia.

Pedi para usar o computador só para constatar que nem acesso à Internet tinha, mas a senhora continuava a insistir que era o site.

Acedi com o iPhone e lá dei os números de eleitor aos dois cidadãos, e a senhora continuou a teima.

Pedi que reclamassem junto de quem as tinha colocado na mesa que a questão estava ali e que o computador disponibilizado na mesa não tinha Internet, mas insistiram que não havia obrigação da mesa e que só tinham o número da Junta de Freguesia para onde não iam telefonar às suas custas.

É certo que a mesa não era obrigada a ter computador, mas tinha.

É certo que não tinham de saber usar o computador, mas afirmavam coisas que não sabiam.

É certo que não conhecia os cidadãos de lado nenhum, mas não me contive perante a mansidão demonstrada.

É quase certo que fiz um inimigo junto do Presidente da secção de voto, mas nada ter feito era pior.

Se fiz queixa? De quê? Que estavam pessoas sem espinha na mesa de voto?

Temos a democracia que merecemos por permitirmos que sejam destas pessoas a representar-nos.

Recebido no email: “Eficiência do voto em branco”

A propósito  dos cortes salariais na função pública e entidades participadas ou remotamente ligadas ao estado para redução do défice, os nossos políticos eleitos ou deputados da nação e do voto em branco no sistema democrático, recebi o texto abaixo que decidi partilhar aqui.

As pessoas com quem falo estão a entrar num estado depressivo e de desistência tal que me leva a crer que estamos a chegar ao nosso limite.

Junto-vos o texto e agradeço à patroa tê-lo partilhado:

SE VOTAREM EM BRANCO, ou seja, se não escreverem absolutamente nada no
boletim de voto, é muito mais eficiente do que riscá-lo.

Nenhum politico fala nisto… porquê?

Porque se a maioria da votação for de votos em branco eles são obrigados a anular as eleições e fazer novas, mas com outras pessoas
diferentes nas listas.

Imaginem só a bronca!

A legislação eleitoral tem esta opção para correr com quem não nos agrada, mas ninguém fala disso.

Não risquem os votos, porque serão anulados e não contam para nada.

A maioria de votos em BRANCO anula as eleições….. e demonstra que não queremos ESTES políticos!!!

Espalhem!

Pessoalmente a eleição presidencial nunca me suscitou interesse até ter sido eleito Anibal Cavaco Silva. Agora, considero mesmo importante votar e mantenho o que já disse outro dia: Votem, mesmo que  seja em branco.

Sou contra Greve Geral de 24 de Novembro de 2010, mas a favor daquilo que contesta

Por uma questão de coerência com o que digo há cerca de quarenta 25 anos, por convicção e por lógica não concordo com esta Greve Geral.

Concordo com o direito à Greve, considero que deva ser exercido, mas só deve ser usado depois de exploradas as restantes opções.

Nunca fiz greve e sempre resolvi pessoalmente as minhas questões com os meus empregadores, a bem ou a mal e antes de me pintar até a um canto sem saída.

Existem mais maneira de resolver um mesmo assunto, mas os Sindicatos mostram sempre a via da Greve.

Os Sindicatos continuam a funcionar no modelo “ou sim ou greve”, mas qualquer gestor se precavê transferindo os impactos da Greve para outros e diluindo-os com serviços mínimos, pelo que o único prejudicado será o trabalhador que fizer greve: fica sem o salário desse dia e na lista dos que fizeram greve.

O direito à greve é para exercer, mas se o utilizamos vezes e vezes sem conta perde todo o efeito.

O direito à greve é dos trabalhadores, mas tratando-se da ultima hipótese, caberia a sua decisão aos trabalhadores e não aos seus representantes eleitos. Não será intenção do votante assinar de Cruz qualquer merda que passe pela cabeça a qualquer momento da vida do seu representante, carecendo por isso o sistema democrático de salvaguardas desse direito. Esta afirmação seria aplicável a outras decisões pois o sistema democrático actual, baseado na capacidade tecnológica e conhecimento à data do seu estabelecimento, não se soube adaptar à evolução, mas isso fica para outra altura.

Ainda sobre os sindicatos, recordo que a cronologia dos acontecimentos para a marcação desta greve é diferente da que agora nos querem fazer querer. Na data em que as duas centrais sindicais convocaram a greve só se sabia que a votação do Orçamento Geral do Estado para 2011 seria no dia 26 de Novembro. Ainda não se sabia os contornos do mesmo.