Sai Sócrates, entra Seguro

Com a saída de José Sócrates do PS, a sucessão por António José Seguro, anunciada há muito pelos media, confirma-se pelos próprios.
A Democracia começa logo nas eleições dos representantes regionais partidários, passando pelos nacionais, pelo que estando o seu inicio minado, pouco mais há a dizer em relação ao resultado final.
A falta de preocupação pela transparência das eleições partidárias deveria ser alvo de preocupação.
Aquilo que aparenta ser um novo carregar em ombros dos media a um candidato, confirmar-se-á pelos factos no final da campanha.
Aquilo que foi o “pôr-se a jeito” para ataques ad hominem ao PS, ao pessoalizar as suas políticas em José Socrates, repete-se agora.
Os actuais membros dos ex-governo e do sistema interno do Partido mobilizam-se em afirmações sobre a pessoa de Seguro, condicionando os media para o resultado que dá jeito. Nada irá mudar, mas nada será como dantes.
Aquilo que se esperaria para a renovação seria a discussão ponderada. Aquilo que vamos ter será uma corrida.

Agora que o PSD ganhou, quero ver se cumprem

Quero ver se cumprem estas:
1. Redução do número de deputados;
2. Redução do número de Juntas de freguesia (também aqui) ;
3. Redução do número de Câmaras Municipais (Esta foi Paulo Portas que propôs, mas também estará no Governo);
4. Redução do número de Ministérios;
5. Redução do número de Secretários de Estado.

(Editei o post para responder a duvidas que me colocaram no Twitter quanto à fundamentação do que indico)

Toda a União Nacional num só Twitt

Este twitt de quem diz ser Pedro Passos Coelho é toda uma teoria de um só partido em 140 caractéres ou menos.

Houve quem se viesse queixar que esta intrepretação seria abusiva, mas sem ter muita certeza.

A razão de ser do nosso estado de coisas advem desta noção de que os outros partidos não fazem parte da solução e de que só lá estão para criar problemas.

As soluções de um só partido ou de ditadura legislativa foram, como se pode ver, uma péssima solução para o nosso problema.

Apresentem as políticas que propõem cumprir que isto do voto não é um cheque em branco, tenham em conta as obrigações assumidas perante a troika e tenham juizinho.

 

Brincar à Democracia com a Avaliação de Professores

Hoje o Tribunal Constitucional (TC) considerou inconstitucional suspensão de avaliação dos professores. Isto acontece porque a Assembleia da República não tinha competências para alterar o que o Governo decreta na sua esfera estrita de acção.

  1. De todos os Deputados, Assistentes, Consultores e afins que trabalham na Assembleia da Republica Portuguesa, ninguém sequer se lembrou que  isto poderia acontecer?
  2. Será que estamos perante um “Nós bem tentámos…” para ganhar mais uns votos para as eleições de 5 de Junho?

Em qualquer caso, brincam com coisas sérias.

 

O volante da nação e os sucessivos taxistas

A Democracia é assim: vamos todos no mesmo carro. Dividimos a despesa para alguém o guiar.

Quem vai ao volante calca no acelerador como se não houvesse amanhã, enquanto vocifera que todos os outros condutores são uns incapazes.

Este país é um taxi e os sucessivos governos os taxistas que nos levam ao nosso destino pelo caminho mais longo.

A quantidade de gente que quer chegar ao volante é a prova que não sabemos fazer contas.

A analogia é de merda, mas ilustra o sentimento geral.