Bolo de chocolate no Microondas

Bolo de chocolate no microondas

As minhas colegas têm destas coisas: Quando é para celebrar tem de ser com bolo.

Trabalhar num escritório não deixa muitas possibilidades culinárias, pelo que os bolos ou se compram ou se inventam.

Fazer um bolo no escritório é uma questão de haver microondas e vontade.

A receita original chegou no Natal, mas a versão que apresento é a de Verão e por isso veio acompanhada de gelado.

  • 1 barra de chocolate para culinária de 200gm;
  • 6 ovos;
  • 100gm Manteiga;
  • 100gm Açucar;
  • 100gm Farinha;
  • Gelado de nata; e
  • Frutos silvestres.

Derreto o chocolate no Micro ondas dentro de uma taça.

Na mesma taça, vou juntando os ovos, a manteiga, a farinha e o açúcar enquanto misturo.

Levo o preparado ao Micro ondas durante 4 minutos a 600 watts. Et voilá!

O interior do bolo deve estar encruado e de preferência escorrer o chocolate para fora.

Serve-se com uma bola de gelado e frutos silvestres.

A loiça nas fotos foi a que se pode arranjar no escritório e é mesmo de plástico.

update: Esta receita também é da patroa.

Serviço Público

O debate do dia vai estar muito em breve em saber se os canais de televisão prestam ou não serviço público e o cumprem ou não, e se o fazendo, cumprem com a lei. A silly season predispor-se-á a isto e a muito mais.

Mais uma vez José Pacheco Pereira vem interceder por nós simples mortais, agora com a preocupação de querer salvaguardar os politicos de primeira de todos os proto-presidentes de junta que queiram tempo de antena nos meios de comunicação social.

A resposta não se fez esperar e foi directamente do produtor ao consumidor: uma vogal do concelho regulador, a Prof. Doutora Maria Estrela Ramos Serrano Caleiro fez questão de lhe dar pessoalmente com a luva branca, mas vai tarde pois a blogocoisa já pegou na deixa e segue para a sillyseason a todo o pano.

A ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) veio assim vincar onde a discussão será centrada, com a preocupação da salvaguarda da democracia pela igualdade de acesso à pluralidade de ideologias politicas em período de eleições através da directiva 2/2009 de 30 de Julho (PDF).

A lei consagra o estatuto de utilidade pública a instituições tão dispares (não confundir com disparates) como a igreja e os clubes de futebol e por isso à Comunicação Social, e principalmente às televisões, pelo seu poder natural, não chegará ser útil. Têm também de ser justas e isentas.

O verdadeiro serviço público que as televisões prestam neste momento é o de afastar as pessoas da utilização passiva da caixa e empurrá-las para as actividades mais sociais, como a troca de ideias mais simples e em 140 caractéres no Twitter, mas também por trocas mais aprofundadas nos blogs e mesmo nas colunas de opinião dos jornais impressos. A discussão no Twitter em torno do Prós-e-Contras é exemplo disso.

Mas da discussão sobre o serviço público e da televisão do estado nada de bom sairá para os telespectadores ou para os quadros da televisão pública se as partes, quero dizer os interessados, instrumentalizarem os canais de televisão concedendo espaço de opinião desequilibradamente.

O perigo será o aparecimento de novas cabeças pensantes que tentarão mais uma vez a teoria da privatização de mais um serviço público.

No meio das desigualdades de tratamento dos canais privados voltaremos a ter certamente a discussão se a RTP deve ou não ser privatizada, removida a publicidade e outros para criar a fumaça que apagará da memória as incorrecções desses canais privados.

  • Se optarem pela opção de retirar a publicidade à RTP, preparem-se pois que pelo dinheiro que se passará a poder pagar aos colaboradores na emissora pública, terão de pôr a Amiga Olga Cardoso para apresentar a Praça da Alegria.
  • Se por outro lado se rifar a RTP aos privados, eliminando totalmente o canal generalista, podemos ter de seguro que a guerra de audiências vai subir de tom, pois que havendo o share de publicidade do canal público para dividir entre os privados, haverá dinheiro para mais programas de qualidade duvidosa.

Para a história ficam os marcos de qualidade de conteúdos como o BigBrother e o Masterplan com que os canais privados nos premiaram.

A discussão voltará, vos garanto, e mais uma vez teremos as barricadas levantadas:

  • Por um lado os intelectuais de esquerda, a que agora chamam esquerda do caviar, fingindo estar do lado dos funcionários e dos cidadãos da RTP, que têm na televisão pública o único cliente certo das suas produtoras caducas com filmes tipo “Branca de Neve”.
  • No canto oposto do ringue teremos as empresas privadas e os seus delfins, estes dizendo estar também do lado do cidadão e dando conta dos excessos das anteriores direcções da estação pública feitos com os dinheiros dos seus concidadãos.

E nada mais natural numa guerra do que matar o mensageiro por não se gostar do teor da mensagem.

Ervilhas com ovos escalfados

As ervilhas no tacho já com os ovos. Daqui a 1 minuto é por no prato.

Aqui está mais um prato que as crianças dispensam na sua ementa, mas pela qual os adultos se pelam: Ervilhas com ovos escalfados.

Tal como as favas à lisboeta, podem juntar algum arroz branco à refeição para que as crianças almocem. A minha mãe a nós dizia-nos: “Se não gostas, comes mais.”

Viviamos num passado em que dizer que não se gostava de um qualquer prato não era boa educação. E ainda bem.

As ervilhas como as favas têm a sua época no ano, mas com estas, como com as favas, o que conta é comprá-las frescas para as poder apreciar e armazenar com essa sua frescura.

Os ingredientes para 4 pessoas:

  • 1 kg de ervilhas (sem casca)
  • 1/2 cebola média
  • 2 dentes de alho
  • 1 chouriço de carne
  • 1 chouriço mouro
  • 1 farinheira
  • 150 gm de entrecosto
  • 4 ovos
  • 4 colheres de sopa de azeite
  • 1 dl vinho tinto ou branco (vai com os gostos)
  • 1 ramo de coentros
  • Rama de cebola

Cá em casa, que somos uma cambada de gulosos, cozinhamos logo duas farinheiras na esperança que sobre para juntar a uns ovinhos mexidos de petisco.

A ciência é pouca:

  1. Pico a cebola para dentro do tacho com o azeite e junto o alho e a rama de cebola;
  2. Junto os chouriços cortados às rodelas, o entrecosto cortado aos bocados toscos e a farinheira e ligo o lume.

Para que não rebente, mas deixe sair o seu molho, faço pequenos furos com a ponta da faca na farinheira.

A rama de cebola que junto é um aproveitamento, como outras coisas na cozinha. Da cebola com rama corto a parte mais tenra que congelo para estas ocasiões.

O primeiro apertão inicial não é um refogado propriamente dito, mas vai permitir as carnes deixarem os seus molhos e temperar naturalmente tacho.

Retiro a farinheira para fora para juntar as ervilhas e o vinho, e volto a colocar a farinheira no tacho.

Não ataquem as ervilhas dentro do tacho com uma colher. Elas desfazem-se e perdem toda a graça. Revolvam o tacho com ou sem tampa.

Quando levanta a fervura, baixo o lume e tapo para aproveitar os vapores.

Vou volteando o tacho para que cozinhem igualmente, sempre retirando e voltando a pôr a farinheira para que fique sempre por cima.

Perto do fim, junto o raminho de coentros.

No fim, quando as ervilhas estam cozinhadas, retiro a farinheira pela última vez e coloco os ovos para escalfar.

Pessoalmente prefiro os ovos mal passados, por isso em menos de 1 minuto está pronto a servir. E é isto.

Corto a farinheira à parte para dividir e sirvo com pão de centeio, muito pouco arroz branco e vinho tinto. Um Monte Velho ou outro alentejano razoável.

José Pacheco Pereira – A Piñata humana

Piñata José Pacheco PereiraJosé Pacheco Pereira têm sido alvo de todo o tipo de vilanagem prepertada pelos autores da blogocoisa e da twitaberna. Uma verdadeira piñata humana.

Na opinião de José Pacheco Pereira 99% dos autores da blogopimba estão zangados, insultam constantemente e não sabem escrever. Apenas os 1% restantes são os que contam.

José Pacheco Pereira baseia esta afirmação na sua leitura das caixas de comentários, afirmando que não são discussão, mas sim troca de insultos.

Aliás, somos de tal maneira incapazes que necessitaremos no futuro que José Pacheco Pereira fale por Manuela Ferreira Leite. Será o tradutor oficial da pessoa que ele entende será a nossa Primeira Ministra confirmada em Setembro de 2009.

Não há muito tempo alguém se voluntariou para comigo iniciar uma revisão do situacionismo de José Pacheco Pereira, comentando e revendo factos que pudessem suportar ou contradizer o que este afirma.

Mas esta teria de ser feita fora de “O Abrupto” que é o blog de José Pacheco Pereira, uma vez que lá não existe discussão por não haver caixa de comentários disponível, apenas difusão e conversas privadas.

Essa revisão seria organizada em torno de um novo blog com a proposta de nome inicial  de “Pacheco Pereira mete nojo”.

O blog seria dedicado ao exercício de interpretar os crípticos posts e afirmações que o visado faz no seu blog O Abrupto” e nos seus restantes púlpitos, mas o tom do titulo já indiciava a direcção da coisa e lá iríamos parar à lista dos 99% de imbecis da Internet, o que é algo que gostariamos de evitar.

A minha resposta natural foi que este tipo de acções não fazia parte da maneira de estar de cidadãos democratas e justos em que nos gostávamos de incluir, ficando por isso a iniciativa sem efeito.

Pensava eu que assim honrava o professor e historiador que tanta obra fez e cita e que sempre gostei de considerar como justo, informado e democrata.

Mas se afinal me dizem que JPP nem sempre é isento, em que fica o seu índice de situacionismo de cada vez que faz as suas afirmações?

Pergunta: “Escreve num jornal onde há uma cruzada declarada contra José Sócrates?” Resposta: “Sim, com que eu na maioria dos casos estou de acordo.” As frases entre aspas fazem parte de uma entrevista a José Pacheco Pereira conduzida por João Céu e Silva e publicada esta semana no DN.

in Diário de Noticias em 1 de Agosto de 2008 num artigo de opinião de Fernanda Cancio.

A minha mensagem para o José Pacheco Pereira é esta: Abra os comentários do seu blog e deixe-nos avaliar da vilanagem que escrevem sobre si. A Internet têm esta coisa que permite que os que queiram falar em seu favor também o façam.

Se trouxe o que considerou ser um facto a público ao acusar 99% da Internet de o perseguir, agora têm de deixar que os restantes 1% o defendam também publicamente. De outra forma, como saberemos quando estiverem equilibradas as forças? Contamos o número de púlpitos que lhe vão dando? Mas a lista ficará incompleta e poderemos sempre questionar as razões dessas atribuições:

  1. Quadratura do Circulo na Sic Noticias;
  2. Ponto contra ponto na Sic Noticias;
  3. Jornal Público; e
  4. Revista Sábado.

Não pode exigir clareza, transparência e justiça se a sua atitude não é de justiça, mas de obscurecimento.

Não se trata aqui de questionar ou atacar a pessoa, mas de concordar ou contradizer os raciocínios com que reduziu 99% a zangados insultuosos.

Trata-se de permitir que outros tenham os factos a que teve acesso e da qual extraiu a certidão de prova para a acusação aos 99%.

Diga-me lá, senhor José Pacheco Pereira: Com este post fui parar aos 99% dos zangados insultuosos, não foi? Ou foi com este?

A Silly Season este ano já começou

Este ano a silly season será em grande. Com o número de fogos florestais reduzidos em relação ao anos anteriores, redacções jornalísticas serão obrigadas a puxar pela imaginação.

Hoje a Sic Noticias apresentava uma peça sobre os hobbies dos nossos políticos. Amanhã espero que não nos venham dizer o que eles comem ou onde se penteiam.

A lista este verão ameaça começar cedo a crescer, como regista a o Mar Caustico, e Alberto João Jardim não quer deixar de marcar presença.

O problema da silly season não é a falta de noticias dignas de primeira página, mas o que ela revela. Em meu entender algumas redacções sofrem de um excesso de copy and paste de todos os factos políticos gerados pelas afirmações dos políticos portugueses.

Quando os políticos metem férias, só os incêndios e as praias fazem notícia. As redacções não deveriam estar tão dependentes de leads e investir alguma coisa na investigação.

A silly season não me preocupa só a mim, mas a outros que conseguem entender o que ela esconde.

A falta de notícias politicas, sempre geradas pelas várias personalidades a disputar a ribalta, têm de ser substituídas, mas não por coisas que se assemelham a textos de revistas cor-de-rosa, onde se fala de tudo o que sirva para esconder as dificuldades.

Das dificuldades, essas, habituadas a saber delas apenas pelos políticos, as redacções terão que se esforçar em apresentá-las, mesmo porque os políticos também precisam de férias e escrever para as redações dá sempre muito trabalho.