Ainda alguém se lembra de Bin Laden?

Muita coisa mudou depois do 11 de Setembro de 2001, embora muitos gostem de pensar e dizer que não. Dificilmente poderemos esquecer os acontecimentos em torno dos atentados ou as palavras do Presidente dos Estados Unidos da América: “Dead or alive”.

Vai ser difícil aos Estados Unidos e os outros países chamados de industrializados de se verem livres dos senhores Bin Ladens do 3º Mundo uma vez que por cada um que eliminam existe uma população inteira de subnutridos que esteve a ser criada para os substituir.

O problema assenta na relação da pobreza com a venda de drogas recreativas proibidas. Esta frase, já de si discutível, têm subjacente o problema que não vai ser nunca resolvido: Os pobres produzem os estupefacientes, que exportam para os outros países, países esses que bombardeiam os seus produtores sempre que estes começam a criar massa critica para evoluírem.

É uma espécie de simbiose entre os países ricos e os países pobres, em que os pobres criam razões para os ricos comprarem armas, descarregando-lhes o suprimento de munições no quintal de cada vez que o negócio está pior para os fabricantes de armas.

Notabilizado por tentar mudar todo este enredo de forma errada, mas a mais acessível aos pobres e sem poder ficou Bin Laden, mas agora já ninguém se lembra dele, nem sabe se está “Dead or alive”.

“Alive and kicking” é como está o barbudo mais famoso dos nossos dias. Não obstante continuam todas as partes a afirmar que o viram e à giza malandro de rua: “Bin Laden? Um senhor forte e bem penteado? Vi, vi. Foi por ali.”

O utilizador compromete-se com a usabilidade

A minha experiência pessoal indica-me que, embora muitas vezes o pedido e orientações para o desenvolvimento dos sistemas de informação chegue até quem implementa a solução vindo da camada de gestão, a gestão sucumbe quando pressionada pelos seus operacionais face aos objectivos que lhes determinou.

A minha experiência indica-me que, mesmo que seja dada carta branca ao implementador para propor uma solução com que os utilizadores se comprometam, é o próprio implementador que falha na determinação das medidas de sucesso. Poderíamos especular as razões por de trás desta falha, mas a realidade é que são irrelevantes para o resultado final.

Quem implementa soluções em sistemas de informação deve assegurar o comprometimento dos utilizadores finais da solução com os resultados esperados. Este comprometimento só pode ser obtido mediante comunicação eficaz, eficiente e directamente desenvolvida para os utilizadores finais. À camada de gestão só deverá preocupar o custo da sua implementação e utilização: tempo e dinheiro.

O comprometimento dos utilizadores não é mais do que a indicação que estes concordam com o resultado esperado. O resultado esperado é medido em 3 partes:

  1. Mede-se a satisfação numa representação gráfica em código entendido pelos utilizadores. Esta constitui a parte ambígua e de risco mais complexo de controlar pelo o implementador;
  2. Mede-se em tempo que as tarefas demoram a ser executadas a eficiência da solução. Esta constituí a parte que é suposto o implementador controlar melhor;
  3. Mede-se em percentagem de tarefas executadas com sucesso a eficácia. Esta constituí a parte mais simples de determinar em análise, mas sem a qual as duas medidas anteriores são impossíveis de determinar.

O utilizador a quem o sistema se destina não se vai comprometer com soluções que:

  • Não lhe sejam comunicadas num código que ele entenda;
  • Não seja optimizada aos seus objectivos; e
  • Com objectivos que não compreende.

Os resultados esperados pelo utilizador são sempre os necessários para cumprir objectivos da sua função em menor tempo e com maior eficácia que antes do sistema entrar em produção. A satisfação que ele próprio obtém da utilização acaba por ser resultante dos anteriores.

Na implementação de sistemas de informação a equipa que os implementa ultrapassa muitas dificuldades, nomeadamente as suas próprias incapacidades, os impedimentos técnicos, mas também a incapacidade do solicitante de se comprometer com a solução esperada.

Numa situação de resistência à adopção da solução, a implementação entregue têm tanto ou mais sucesso quanto a capacidade de determinar critérios de validação mensuráveis por outros que não os próprios implementadores.

Se os critérios de aceitação não estão definidos antes da aceitação do sistema, já é tarde para obter o comprometimento do utilizador. O implementador estará numa situação que ele próprio criou ao não acordar com o utilizar as medidas de sucesso.

Fondue Bourguignonne ou fondue de carne

Fondue Bourguignonne é um prato de carne, servido com molhos e levado à mesa cru, cabendo a cada convidado, com o uso de um garfo especial, a obrigação de cozinhar os seus bocadinhos de carne numa panela de óleo.

É na região de Bourgogne em França, onde se situa a cidade de Dijon, que a receita deste fondue de carne se diz ser oriunda.

O nome Dijon dá origem à denominação de origem controlada da mostarda com o mesmo nome. A mostarda Dijon, de sabor forte e avinagrado, serve para compor molhos como a maionese, escolhida como base principal de molhos, como o deste fondue de carne, e o molho de whisky e mostarda, ambos acompanhantes respeitáveis dos pratos de carne para que são compostos.

Quando comecei nesta coisa de organizar patuscadas com os amigos, rapidamente me apercebi que havia uns que retribuíam os convites, organizando eles próprios, e outros que nunca se chegavam à frente, com a desculpa que não tinham jeito ou condições para a coisa.

O fondue de carne até aparentava ter a capacidade de democratizar as patuscadas por obrigar os calões a trabalhar: Cada um faz o seu. Para os mais exigentes, torna-se difícil fazer um fondue sem lhe juntar uma série de outros petiscos, o que torna a coisa mais trabalhosa.

Assim, e com o objectivo de facilitar a vida a principiantes, daqueles que nem mesmo depois de ganharem panelas de luxo para fondue organizam a coisa lá em casa, fica aqui a versão light do fondue de carne para 4 adultos com 6 molhos baseados em maionese.

  • 800g de vazia ou lombo de vaca;
  • 600ml de maionese;
  • 1 ramo de salsa;
  • 250g de azeitonas sem caroço;
  • 6 dentes de alho;
  • 1 colher de sopa de Ketchup;
  • 1 colher de sopa de Mostarda Dijon;
  • 1 colher de chá de Tabasco;
  • 1 ananás; e
  • 4 maçãs.

A conta à carne é feita contando cerca de 200g de carne pessoa. Os puristas vão dizer que deve ser só carne de vaca, lombo de preferência. Lá em casa, a carne de porco também serve lindamente.

O ideal é escolherem das peças mais secas e tenras de carne: sirloin ou tenderloin, vazia e lombo para os amigos.

Lembrem-se que os convidados podem nem saber fritar um ovo, pelo que a escolha da carne condiciona o prazer que vão retirar do convívio.

A receita original não tinha os molhos, mas actualmente as versões na web vão desde a versão original até à versão composta por molho de mostarda e natas, Béarnaise e Hollandaise.

Para simplificar a coisa façam só com maionese. Podem comprar a maionese já feita. A minha preferência vai para a maionese de Azeite da marca Vianeza. Na minha modesta opinião, as outras marcas não conseguem sequer fazer nada que se pareça com esta e irão definitivamente estragar qualquer molho.

Picam em separado a salsa, as azeitonas sem caroço e os dentes de alho.

Dividem a maionese por 6 taças e misturam os ingredientes em cada uma delas:

  • Salsa;
  • Azeitonas sem caroço;
  • Alho;
  • Ketchup;
  • Mostarda Dijon; e
  • Tabasco.

Levam o caquelon, a caçarola de fondue, já quente para a mesa e mantém-na quente com uma lamparina.

Servem a carne cortada em pedaços, acompanhada da fruta cortada e descascada. A maçã conserva-se melhor durante a refeição se depois de preparada for salpicada com limão.

Antes de começar a comer é sugerido brindar a Johann du Ptuzxe, o monge responsabilizado pelo uso do caquelon para resolver o seu problema de ter de comer rapidamente antes de continuar o seu trabalho árduo de vindima.

Ramen de salmão – Tuga Style Jutsu!

Por causa de um boneco animado japonês e da minha gula pela cozinha japonesa, decidimos testar lá em casa o ramen. A Wikipedia explica que o Ramen é um caldo com massa de origem chinesa e que fez a sua aparição nipónica em tempo incerto.

Independentemente da sua origem, foi mesmo o Naruto Uzumaqui, o personagem, e a sua constante preferência por este prato que me deixou mais curioso. O personagem retrata um shinobi estúpido e simples, mas que não desiste nunca e nem desiste de cumprir as suas promessas.

O ramen pode ser de carne, galinha, peixe ou vegetais, mas a experiência que partilho aqui é feita com salmão. A de carne também experimentei, mas fica para outra ocasião.

A receita serviu para 4 gulosos, que comeram tudo e não deixaram nada. Alguns ingredientes vieram das reservas do sushi. O salmão era mesmo o congelado:

  • 300g Massa de arroz;
  • 2 ovos;
  • 3 postas de Salmão sem espinhas;
  • 2 folhas de alga Nori torrada;
  • 2 colheres de sopa de alga Wakame;
  • 1 caldo de peixe Dashi; e
  • 1 colher de sopa de sal grosso.

Os ovos não tem mesmo nada que saber: ovos e água tudo na mesma panela para deixar ferver 10 minutos. Já está.

Ao mesmo tempo que os ovos são cozinhados, encho uma panela com água suficiente para cobrir o salmão e ponho ao lume com o sal. Quando a água estiver a ferver em cachão, ponho o salmão lá dentro. Passados 5 minutos, retiro e corto às peças prontas a comer.

Na mesma água do salmão, deito o caldo Dashi e a massa lá para dentro e cozo por 2 minutos. Aqui é só respeitar à letra o tempo de cozedura aconselhado pela embalagem da massa.

Nos pratos, colocar a alga Wakame, os pedaços de salmão e a massa. Regar com o caldo como se se tratasse de sopa e servir com a alga Nori cortada aos pedaços. Isto é mesmo muito rápido de fazer e servir.

Adenda: Para um Ramen verdadeiramente japonês, podem ver o vídeo abaixo com a receita do Yakibuta Ramen do site “Cooking with the dog”.

Sou contra Greve Geral de 24 de Novembro de 2010, mas a favor daquilo que contesta

Por uma questão de coerência com o que digo há cerca de quarenta 25 anos, por convicção e por lógica não concordo com esta Greve Geral.

Concordo com o direito à Greve, considero que deva ser exercido, mas só deve ser usado depois de exploradas as restantes opções.

Nunca fiz greve e sempre resolvi pessoalmente as minhas questões com os meus empregadores, a bem ou a mal e antes de me pintar até a um canto sem saída.

Existem mais maneira de resolver um mesmo assunto, mas os Sindicatos mostram sempre a via da Greve.

Os Sindicatos continuam a funcionar no modelo “ou sim ou greve”, mas qualquer gestor se precavê transferindo os impactos da Greve para outros e diluindo-os com serviços mínimos, pelo que o único prejudicado será o trabalhador que fizer greve: fica sem o salário desse dia e na lista dos que fizeram greve.

O direito à greve é para exercer, mas se o utilizamos vezes e vezes sem conta perde todo o efeito.

O direito à greve é dos trabalhadores, mas tratando-se da ultima hipótese, caberia a sua decisão aos trabalhadores e não aos seus representantes eleitos. Não será intenção do votante assinar de Cruz qualquer merda que passe pela cabeça a qualquer momento da vida do seu representante, carecendo por isso o sistema democrático de salvaguardas desse direito. Esta afirmação seria aplicável a outras decisões pois o sistema democrático actual, baseado na capacidade tecnológica e conhecimento à data do seu estabelecimento, não se soube adaptar à evolução, mas isso fica para outra altura.

Ainda sobre os sindicatos, recordo que a cronologia dos acontecimentos para a marcação desta greve é diferente da que agora nos querem fazer querer. Na data em que as duas centrais sindicais convocaram a greve só se sabia que a votação do Orçamento Geral do Estado para 2011 seria no dia 26 de Novembro. Ainda não se sabia os contornos do mesmo.