O mentor deste estudo José Tribolet afirmava em Abril 2011: “faço votos que o próximo Governo – qualquer que ele seja – se compenetre que a maioria das melhores práticas de organização, de gestão e de controlo operacional e estratégico, testados e adoptados no mundo empresarial se aplicam com todo o propósito à ‘empresa’ administração pública portuguesa, central e local, instrumentos fundamental de navegação rumo ao futuro do Portugal INC, do século XXI“.
Não vi o estudo do governo, mas tenho já aqui os pontos que irei verificar se ele aparecer em público:
- Faz uma análise de custos comparando-os com os custos face à aquisição e manutenção pelo Governo?
- Faz uma avaliação do impacto que terá no Orçamento de Estado tratando um esquema de aluguer como investimento?
- Refere que este esquema é em tudo semelhante às PPP ao permitir a reclassificação/desorçamentação de algo que teria de ser apresentado como investimento e passa a ser apresentado como serviços?
- Não são estes “serviços” que se pretendem contratar agora à Nuvem os tais custos intermédios que eram exagerados e seriam eliminados?
- Avalia a experiência do governo PS com o out-sourcing para a nuvem das compras públicas (procurement) de forma tão positiva que pretende repetir para outras funções?
- Ao fim de quantos anos é que os custos comparados com o modelo atual deixam de ser vantajosos?
- Se o Governo pretender cortar nas despesas, pode cortar nestes serviços como?
A temática da nuvem já não é nova para quem anda nesta coisa dos sistemas de informação à tantos anos. Já lhe chamaram Software as a Service (SaaS) ou Infrastructure as a Service (IaaS) ou só Cloud, mas redunda sempre numa transferência de poder do utilizador para o prestador desequilibrando a balança para o lado de quem ainda hoje presta mau serviço com a desculpa que as regras de quem compra são muito complexas.