Vitamina de banana com linhaça

Uma amiga minha, a quem afectuosamente trato por patroa, enviou-me esta receita, que afirma, dá força, ânimo e cura tudo, até unhas encravadas.

A linhaça pode ser consumida de maneiras diversas na alimentação, dependendo do objectivo e da preferência quem a estiver a utilizar na dieta.

Uma das maneiras mais comuns de se consumir a linhaça é em sumos ou vitaminas. Até misturada com gelado a linhaça faz bem à saúde, mesmo reduzindo o efeito de emagrecimento.

Receita de vitamina de banana com linhaça:

  • 1 copo médio (em torno de 250 ml) com leite desnatado;
  • meia banana pequena;
  • 2 colheres de sopa de sementes de linhaça (também serve a farinha de linhaça); e
  • 1 ameixa seca sem caroço.

Para preparar a vitamina de banana com linhaça, é só bater todos os ingredientes no liquidificador até que a semente de linhaça fique bem triturada. Nem precisa de açúcar!

Por mim, vou experimentar.

Fondue Bourguignonne ou fondue de carne

Fondue Bourguignonne é um prato de carne, servido com molhos e levado à mesa cru, cabendo a cada convidado, com o uso de um garfo especial, a obrigação de cozinhar os seus bocadinhos de carne numa panela de óleo.

É na região de Bourgogne em França, onde se situa a cidade de Dijon, que a receita deste fondue de carne se diz ser oriunda.

O nome Dijon dá origem à denominação de origem controlada da mostarda com o mesmo nome. A mostarda Dijon, de sabor forte e avinagrado, serve para compor molhos como a maionese, escolhida como base principal de molhos, como o deste fondue de carne, e o molho de whisky e mostarda, ambos acompanhantes respeitáveis dos pratos de carne para que são compostos.

Quando comecei nesta coisa de organizar patuscadas com os amigos, rapidamente me apercebi que havia uns que retribuíam os convites, organizando eles próprios, e outros que nunca se chegavam à frente, com a desculpa que não tinham jeito ou condições para a coisa.

O fondue de carne até aparentava ter a capacidade de democratizar as patuscadas por obrigar os calões a trabalhar: Cada um faz o seu. Para os mais exigentes, torna-se difícil fazer um fondue sem lhe juntar uma série de outros petiscos, o que torna a coisa mais trabalhosa.

Assim, e com o objectivo de facilitar a vida a principiantes, daqueles que nem mesmo depois de ganharem panelas de luxo para fondue organizam a coisa lá em casa, fica aqui a versão light do fondue de carne para 4 adultos com 6 molhos baseados em maionese.

  • 800g de vazia ou lombo de vaca;
  • 600ml de maionese;
  • 1 ramo de salsa;
  • 250g de azeitonas sem caroço;
  • 6 dentes de alho;
  • 1 colher de sopa de Ketchup;
  • 1 colher de sopa de Mostarda Dijon;
  • 1 colher de chá de Tabasco;
  • 1 ananás; e
  • 4 maçãs.

A conta à carne é feita contando cerca de 200g de carne pessoa. Os puristas vão dizer que deve ser só carne de vaca, lombo de preferência. Lá em casa, a carne de porco também serve lindamente.

O ideal é escolherem das peças mais secas e tenras de carne: sirloin ou tenderloin, vazia e lombo para os amigos.

Lembrem-se que os convidados podem nem saber fritar um ovo, pelo que a escolha da carne condiciona o prazer que vão retirar do convívio.

A receita original não tinha os molhos, mas actualmente as versões na web vão desde a versão original até à versão composta por molho de mostarda e natas, Béarnaise e Hollandaise.

Para simplificar a coisa façam só com maionese. Podem comprar a maionese já feita. A minha preferência vai para a maionese de Azeite da marca Vianeza. Na minha modesta opinião, as outras marcas não conseguem sequer fazer nada que se pareça com esta e irão definitivamente estragar qualquer molho.

Picam em separado a salsa, as azeitonas sem caroço e os dentes de alho.

Dividem a maionese por 6 taças e misturam os ingredientes em cada uma delas:

  • Salsa;
  • Azeitonas sem caroço;
  • Alho;
  • Ketchup;
  • Mostarda Dijon; e
  • Tabasco.

Levam o caquelon, a caçarola de fondue, já quente para a mesa e mantém-na quente com uma lamparina.

Servem a carne cortada em pedaços, acompanhada da fruta cortada e descascada. A maçã conserva-se melhor durante a refeição se depois de preparada for salpicada com limão.

Antes de começar a comer é sugerido brindar a Johann du Ptuzxe, o monge responsabilizado pelo uso do caquelon para resolver o seu problema de ter de comer rapidamente antes de continuar o seu trabalho árduo de vindima.

Ramen de salmão – Tuga Style Jutsu!

Por causa de um boneco animado japonês e da minha gula pela cozinha japonesa, decidimos testar lá em casa o ramen. A Wikipedia explica que o Ramen é um caldo com massa de origem chinesa e que fez a sua aparição nipónica em tempo incerto.

Independentemente da sua origem, foi mesmo o Naruto Uzumaqui, o personagem, e a sua constante preferência por este prato que me deixou mais curioso. O personagem retrata um shinobi estúpido e simples, mas que não desiste nunca e nem desiste de cumprir as suas promessas.

O ramen pode ser de carne, galinha, peixe ou vegetais, mas a experiência que partilho aqui é feita com salmão. A de carne também experimentei, mas fica para outra ocasião.

A receita serviu para 4 gulosos, que comeram tudo e não deixaram nada. Alguns ingredientes vieram das reservas do sushi. O salmão era mesmo o congelado:

  • 300g Massa de arroz;
  • 2 ovos;
  • 3 postas de Salmão sem espinhas;
  • 2 folhas de alga Nori torrada;
  • 2 colheres de sopa de alga Wakame;
  • 1 caldo de peixe Dashi; e
  • 1 colher de sopa de sal grosso.

Os ovos não tem mesmo nada que saber: ovos e água tudo na mesma panela para deixar ferver 10 minutos. Já está.

Ao mesmo tempo que os ovos são cozinhados, encho uma panela com água suficiente para cobrir o salmão e ponho ao lume com o sal. Quando a água estiver a ferver em cachão, ponho o salmão lá dentro. Passados 5 minutos, retiro e corto às peças prontas a comer.

Na mesma água do salmão, deito o caldo Dashi e a massa lá para dentro e cozo por 2 minutos. Aqui é só respeitar à letra o tempo de cozedura aconselhado pela embalagem da massa.

Nos pratos, colocar a alga Wakame, os pedaços de salmão e a massa. Regar com o caldo como se se tratasse de sopa e servir com a alga Nori cortada aos pedaços. Isto é mesmo muito rápido de fazer e servir.

Adenda: Para um Ramen verdadeiramente japonês, podem ver o vídeo abaixo com a receita do Yakibuta Ramen do site “Cooking with the dog”.

Bolo de chocolate no Microondas

Bolo de chocolate no microondas

As minhas colegas têm destas coisas: Quando é para celebrar tem de ser com bolo.

Trabalhar num escritório não deixa muitas possibilidades culinárias, pelo que os bolos ou se compram ou se inventam.

Fazer um bolo no escritório é uma questão de haver microondas e vontade.

A receita original chegou no Natal, mas a versão que apresento é a de Verão e por isso veio acompanhada de gelado.

  • 1 barra de chocolate para culinária de 200gm;
  • 6 ovos;
  • 100gm Manteiga;
  • 100gm Açucar;
  • 100gm Farinha;
  • Gelado de nata; e
  • Frutos silvestres.

Derreto o chocolate no Micro ondas dentro de uma taça.

Na mesma taça, vou juntando os ovos, a manteiga, a farinha e o açúcar enquanto misturo.

Levo o preparado ao Micro ondas durante 4 minutos a 600 watts. Et voilá!

O interior do bolo deve estar encruado e de preferência escorrer o chocolate para fora.

Serve-se com uma bola de gelado e frutos silvestres.

A loiça nas fotos foi a que se pode arranjar no escritório e é mesmo de plástico.

update: Esta receita também é da patroa.

Ervilhas com ovos escalfados

As ervilhas no tacho já com os ovos. Daqui a 1 minuto é por no prato.

Aqui está mais um prato que as crianças dispensam na sua ementa, mas pela qual os adultos se pelam: Ervilhas com ovos escalfados.

Tal como as favas à lisboeta, podem juntar algum arroz branco à refeição para que as crianças almocem. A minha mãe a nós dizia-nos: “Se não gostas, comes mais.”

Viviamos num passado em que dizer que não se gostava de um qualquer prato não era boa educação. E ainda bem.

As ervilhas como as favas têm a sua época no ano, mas com estas, como com as favas, o que conta é comprá-las frescas para as poder apreciar e armazenar com essa sua frescura.

Os ingredientes para 4 pessoas:

  • 1 kg de ervilhas (sem casca)
  • 1/2 cebola média
  • 2 dentes de alho
  • 1 chouriço de carne
  • 1 chouriço mouro
  • 1 farinheira
  • 150 gm de entrecosto
  • 4 ovos
  • 4 colheres de sopa de azeite
  • 1 dl vinho tinto ou branco (vai com os gostos)
  • 1 ramo de coentros
  • Rama de cebola

Cá em casa, que somos uma cambada de gulosos, cozinhamos logo duas farinheiras na esperança que sobre para juntar a uns ovinhos mexidos de petisco.

A ciência é pouca:

  1. Pico a cebola para dentro do tacho com o azeite e junto o alho e a rama de cebola;
  2. Junto os chouriços cortados às rodelas, o entrecosto cortado aos bocados toscos e a farinheira e ligo o lume.

Para que não rebente, mas deixe sair o seu molho, faço pequenos furos com a ponta da faca na farinheira.

A rama de cebola que junto é um aproveitamento, como outras coisas na cozinha. Da cebola com rama corto a parte mais tenra que congelo para estas ocasiões.

O primeiro apertão inicial não é um refogado propriamente dito, mas vai permitir as carnes deixarem os seus molhos e temperar naturalmente tacho.

Retiro a farinheira para fora para juntar as ervilhas e o vinho, e volto a colocar a farinheira no tacho.

Não ataquem as ervilhas dentro do tacho com uma colher. Elas desfazem-se e perdem toda a graça. Revolvam o tacho com ou sem tampa.

Quando levanta a fervura, baixo o lume e tapo para aproveitar os vapores.

Vou volteando o tacho para que cozinhem igualmente, sempre retirando e voltando a pôr a farinheira para que fique sempre por cima.

Perto do fim, junto o raminho de coentros.

No fim, quando as ervilhas estam cozinhadas, retiro a farinheira pela última vez e coloco os ovos para escalfar.

Pessoalmente prefiro os ovos mal passados, por isso em menos de 1 minuto está pronto a servir. E é isto.

Corto a farinheira à parte para dividir e sirvo com pão de centeio, muito pouco arroz branco e vinho tinto. Um Monte Velho ou outro alentejano razoável.