Bom senso e senso comum para a gestores de projectos

As actividades de gestão de projectos são aos olhos de um gestor de projectos experimentado um conjunto de óbvios. Estes óbvios poderão ser confundidos com bom senso ou senso comum.  

O bom senso e senso comum não fazem um bom gestor de projectos. Tanto o bom senso como o senso comum não passam de convenções restritas a grupos com a mesma origem, vivência em período comum e formação comum. 

Mesmo garantindo a origem, esta não garante as convenções para além de um período curto. As religiões tentam controlar estes pontos tentando garantir a imutabilidade da doutrina, mas até estas são alteradas ao longo dos anos e para populações específicas.

As convenções de bom senso ou senso comum, sendo válidas para populações e períodos restrictos, não podem por isso e por si só garantir um bom seja o que fôr, pelo que também não garantirão um bom gestor de projectos.

Principais problemas na gestão de projectos de desenvolvimento de Software

Livro

Ando a estudar novamente a gestão de projecto, agora com especial atenção aos problemas da qualidade do produto.

Nas mãos tenho “Gestão do Risco e da Qualidade no Desenvolvimento de Software” de António Miguel e logo na página 11 encontro esta afirmação:

“A realidade da gestão de projectos é que um projecto raramente falha devido a problemas com um sistema de software PERT/CPM. No entanto, falham frequentemente por motivos não técnicos, como a falta de comprometimento por parte da gestão de topo, o inadequado envolvimento do cliente, gaffes políticas e incapacidade de comunicar ideias de forma eficaz.”

Acerca das dificuldades de comunicação com o cliente, já me queixei em Usabilidade em projecto de desenvolvimento sobre os problemas do cliente testar a satisfação com o uso do produto. O cliente não ficará muito satisfeito se o seu produto se mostrar ineficaz e ineficiente, mas mesmo tendo os dois anteriores, cedo descobrirá que a satisfação de uso do produto também conta para a avaliação do mesmo.

Este livro aponta mais para a frente e pretende introduzir também para a transição do produto do projecto para a administração e manutenção do produto como mais algo a ter em conta na execução do projecto.

Breves notas sobre a desmaterialização da função publica

A desmaterialização dos processos de trabalho da função publica deveria ser sempre racionalizada contra os ganhos de eficiência. Alguns casos há em que os objectivos dos organismos internacionais ou nacionais de controlo já o obrigam, estabelecendo prazos máximos para a execução de um pedido.

A solução do aumento de eficiência para a função publica já passou pela redução do tempo perdido pelo cidadão enquanto andava de entidade em entidade, mas limitou-se a reduzir no percurso, mantendo todos os pontos de passagem num só local: as lojas do Cidadão.

As lojas do Cidadão no modelo actual continuam a mostrar ao cidadão uma administração do estado desfuncional, limitando-se a juntar todos os guichés num grande centro comercial, deixando ao cidadão a eterna sensação de se relacionar com múltiplas entidades herméticas:

  • As autarquias e os seus poderes locais suportados na auto-determinação, não passam de gaiatos birrentos que pedem mesada maior para fazer a mesma porcaria.
  • Os institutos, ministérios e autoridades não passam do velho modelo “Isso é no guiché da minha colega, mas ela agora foi almoçar.”

A desmaterialização real vai implicar levantamento de processos que colocarão a nu poderes discricionários, circuitos redundantes e taxas injustificáveis.

A desmaterialização dos processos de trabalho na função publica obrigarão a novos investimentos nos mesmos consultores do costume com especial incidência nas soluções feitas à medida que não integram com ninguém nem com coisa nenhuma.

A desmaterialização, centrada na eficiência e eficácia, sem permissão de suspensão de prazos e sem hipóteses de intrepretacao de factos por justificação “o meu cão comeu o trabalho de casa” são a única forma de racionalizar o estado.

O processo de workflow estruturado é o único que obrigará à análise prévia. O de workflow ad hoc, o de implementação com menor custo de levantamento e analise inicial, mas o que mostrará resultados mais tarde após a entrada em produção e será mais honoroso.

O email assinado e cifrado digitalmente deveria ser mais que suficiente para muitos actos, mas os juristas já transformaram isso tudo numa salsada em que ninguém se entende com a desculpa do “Not invented here”.

Nota: Este post é a resposta a uma provocação bem intensionada do Frederico Lucas dos Novos Povoadores http://novospovoadores.pt.

Recebi no email: Conceito de loop

Muitas vezes debato-me com dificuldades em explicar conceitos, justificado por ser muito critico com a utilização de analogias.

Embora ensinado nos básicos dos cursos relacionados com sistemas de informação, o loop encontrar-se muitas vezes na base dos erros mais complicados de resolver, até porque é difícil ao funcional reportar as condições em que o erro ocorre.

No loop, um processo contém uma sucessão de instruções com uma ou mais condições que provocam que o processo volte ao principio e seja repetido até ao inifinito.

Hoje recebi este email com a analogia da marcação de eventos com uma sucessão de acções em cadeia que entram em loop e acabam por alterar continuamente o sentido da decisão inicial.

Loop: Trata-se de uma terminologia usada pelo pessoal de informática para definir uma situação do tipo “pescadinha-de-rabo-na-boca”. Diz-se que um programa “entrou em loop” quando acontece uma situação do tipo exemplificado abaixo:

O Director chama a sua secretária e diz:
– Vanessa querida, tenho um seminário na Argentina, durante uma semana, e quero que me acompanhe. Por favor, faça os preparativos para
a viagem.

A secretária liga para o marido:
– João! Vou viajar para o estrangeiro com o director por uma semana. Cuida-te querido!

O João liga para a amante:
– Elvira, filha. A bruxa vai viajar para o estrangeiro por uma semana. Vamos estar juntos, minha princesa …

No momento seguinte, a amante liga para casa de um menino a quem dá explicações particulares:
– Luizinho, na próxima semana estou com muito trabalho e não vou poder dar-lhe as explicações….

A criança liga para o seu avô:
– Avozinho, nesta próxima semana não tenho explicações, a professora vai estar muito ocupada. Vamos passar a semana juntos?

O avô (que é o director desta história) chama imediatamente a secretária:
– Vanessa! Suspenda a viagem, vou passar a semana com o meu neto, que não vejo há algum tempo, por isso não vamos participar no seminário. Por favor, cancele a viagem e o hotel.

A secretária liga para o marido:
–  Ouve João querido! O idiota do director mudou de ideias e acabou de cancelar a viagem.

O marido liga para a amante:
– Amorzinho, desculpa! Não podemos passar a semana juntinhos! A viagem da bruxa foi cancelada.

A amante liga para o menino a quem dá aulas particulares:
– Luizinho, alteração de planos: afinal esta semana teremos explicações como de costume.

A criança liga ao avô:
– Avô! A estúpida da minha professora ligou a dizer-me que afinal terei explicações. Desculpa, mas assim não poderemos ficar juntos esta
semana.

O avô liga para a secretária:
– Bom Vanessa, o meu neto acabou de me ligar a dizer que, afinal, não vai poder ficar comigo essa semana. Portanto, dê seguimento à viagem para a Argentina.

A secretária liga para o marido… Entenderam agora o que é um LOOP?????

 

O que descobri na web sobre como dar uma aula com os Magalhães

O Google devia ser ferramenta obrigatória de sala de aula. Ensinar a aprender é algo que só alguns professores conseguiram fazer ao longo dos meus estudos.

O site Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) tem online a página sobre o e-escolinhas que descobri com o Google e de que transcrevo para aqui o conteúdo para memória futura. Pareceu-me que o conteudo dizia respeito ao Magalhães original.

O meu objectivo de dar uma aula com o MG2 Caixa Mágica mantém-se e por isso passei à pesquisa por isso mesmo.

A Caixa Mágica oferece com a distribuição o software “A minha turma” que me parece uma boa introdução ao funcionamento em ambientes de partilha virtuais. O software está disponível para download no formato .cm, que imagino seja o acrónimo de Caixa Mágia. Resta saber se consigo, depois de instalar um Gnome Caixa Magica num portátil ou máquina virtual, instalar lá o “A minha turma”.