Perguntas para o Delito de Opinião sobre os Direitos, esses chatos

No Delito de Opinião, Pedro Correia, julgo que do Diário de Noticias, escreve que O primeiro dever de um jornalista é informar.

Se “o primeiro dever de um jornalista é informar.“, que prioridade deve um jornalista dar a esse relativamente aos direitos inscritos da Constituição da Republica Portuguesa? Devem os deveres de uma pessoa sobrepor-se aos direitos de outra? Não vale invocar o direito de informação dos outros porque o jornalista não têm legitimidade democrática ou legal para representar os outros. Não sei se será caso de conversar primeiro com um Provedor do Leitor antes de opinar…

Será que a “Essa diligente rapaziada” a que se refere, não será ele mesmo quando propõem que está tudo bem em pisar direitos e legalidades desde que se cumpra com os fins que defende?

Será que os “teóricos que nunca escreveram uma notícia na vida” a que também se refere é alguém dali do Jugular? Ou será alguém dali do Blasfémias?

Será do tempo ou não fazia parte do guião insultar também os Abrantes do Câmara Corporativa?

Este dever invocado para os jornalistas sofre do mal de só se ver a ele próprio, ignorando por completo todos os que o rodeiam.

É também dever de um jornalista não se tornar notícia, mas ultimamente já são muitos os que, demasiado enleados nas teias de contactos que teceram para chegar à noticia, descobrem as suas acções transformadas em noticia.

Liguem lá este post agora à Maçonaria cor-de-rosa, ou seja lá qual for o nome esquizofrénico e paranóico com que desumanizaram os vossos opositores políticos.

Momentos diz o roto ao nú da silly season

Nu e chateadoDas caixas de comentários do quadrante mais à minha esquerda ao ponto na Internet em português mais distante à minha direita, entretém-se a populaça atirando acusações de comprometimento moral e falta de ética.

Cala-te, oh f.” de um lado. “Prendam o Cerejo” do outro. Os acicadores de feras e catastrofistas de serviço lá estão para provocar as reacções mais bestiais nas caixas de comentários.

No blog do Cachimbo de Magrite (à minha direita) um comentador que diz ter 16 anos e dar pelo nome de Carlos França (acusado de se encontrar à minha esquerda) é acusado por um Anónimo (à minha direita) de se tratar de outro pseudónimo de um autor do blog Câmara Corporativa pelo seu outro pseudónimo de Miguel Abrantes (à minha esquerda).

Ainda me estão a acompanhar? Acham que mais alguém para alem dos envolvidos está realmente interessado nisto?

Como é silly season, ficam as analogias de merda para ilustrar a javardice que para ali vai:

  • Tanto jornalistas como trauliteiros políticos, em papeis que se confundem, são todos eles poços de virtudes tão fundos que tenho receio de me afundar;
  • Da gritaria de Fernanda Câncio, às acusações de José Manuel Fernandes, o baile está armado, mas os políticos foram a banhos e só cá estão os peões para dançar; e
  • Como não temos Rei, fica aqui uma foto do Presidente da Republica nu.

Entendo que aqueles que como eu tem mulher e filhos para se preocuparem, querem mais é que fique tudo resolvido sem chatices. Resolvam lá isso e parem com o barulho que as crianças querem dormir.

As férias e as amantes

As férias são como uma amante.

Bem sei que já disse como as analogias são uma merda, mas acompanhem-me nesta.

Como com a amante, as férias não têm chatices para resolver, só felicidade e prazer.

As férias são aquele momento na nossa vida em que tudo cheira bem e nada dá trabalho.

Nas férias somos todos estrelas da sociedade e só queremos guardar na memória um momento bem passado que nos ajude a percorrer o tempo que fica até às próximas férias.

Como com as férias, há aqueles que perdem a noção de que as amantes não estarão lá para sempre e que a vida não são 15 dias ao sol, mas um cem número deles ao lado daquele que amamos.

Estímulos do Governo e os tugas

Primeiro querem estímulos. Depois de os receberem, dizem que governo gasta mal por estar a entregá-los a outros. Agora queixam-se que lhes tiram o estímulo. É a política tuga no seu melhor.

As empresas portuguesas são como aqueles gaiatos que quando crescem, acham que tudo o que o papá fazia é errado e que passariam muito melhor sem as decisões do papá, mas quando estão enrascados voltam para casa do papá a pedir ajuda.

Assim se comportam os nossos empresários, apresentando-se como responsáveis e atirando pedradas ao charco a favor de maiores facilidades para este ou aquele desígnio nacional que no deve e haver apenas os beneficiará a eles:

  • Mais facilidade a despedir para contratarmos mais facilmente;
  • Menos impostos para investirmos mais;
  • Mais desregulação, que nos governamos melhor sozinhos.

Que eles se governam , não é segredo, mas já se esqueceram que foram os mesmos que criticam que lhes deram a mão quando estavam para perder tudo.

Mas os cidadãos a título pessoal não são melhores. Vêem os estímulos que lhes são dados como obrigações.

As auto-estradas não portajadas geraram na altura da sua criação enorme polémica na oposição ao governo, na altura PS se bem me recordo.

As donzelas ofendidas eram então as mesmas que agora não querem que o governo acabe com o estímulo e passe a cobrar portagens.

Dizem agora que se eles vão pagar portagens, que todos devemos pagar, mas nunca os vi defender o seu contrário: “Como é possível não se pagar portagens aqui e pagarem os nossos concidadãos lisboetas?! Que anti-social!”

Mas nada disso. E eu, lá vou pagando o imposto diário para entrar em Lisboa, que aqui somos mesmo rijos e fortes, com ou sem estímulos.

Liberdade, jornais e comentários moderados

Aqui os comentários são livres. O software limpa automaticamente mensagens de SPAM, mas o resto tem tudo direito a tempo de antena.

A desculpa dos que não entendem que a liberdade deles acaba onde a dos outros começa é sempre a mesma: se lhes damos liberdade, fazem coisas inomináveis. E como exemplo lá vem a quantidade de asneiras que todos os dias se vai dizendo por essa Internet fora.

As pessoas dizem muitas barbaridades na Internet, mas dizem asneiras bem piores nas mesas dos cafés da Avenida de Roma e nem por isso se manda colocar moderadores nos cafés para escolher quem fala e quem pode dizer o quê.

Ninguém pode determinar o que cada um é livre de dizer, escrever ou pensar numa mesa de café, numa caixa de comentários ou num artigo de opinião.

E depois há aquelas coisas simples da vida:

  • A responsabilidade dos actos fica para quem os pratica.
  • Um crime por ser cometido em cima de um banco de jardim, não é diferente de um crime cometido na Internet.

Parem lá com as elaborações absurdas de legislação e as fábulas mal contadas sobre os crimes da Internet. Ofensas são ofensas, num jornal impresso ou na Internet.

Naturalmente que são livres de deixar que comentem ou não nos seus sites, mas moderar é escolher quem pode ou não comentar e o que pode ou não dizer. Escolher opiniões é censurar.