As minhas propostas para a redução do défice das contas publicas

As minhas propostas estão integradas numa petição online no link mais abaixo:

  • Proibição total de alterações de design ou estilo aos logotipos, anúncios, bandeiras, Estácionarios e outros em todos os institutos públicos, ministérios ou qualquer outra entidade gerida pelo estado.
  • Revisão de todos os alugueres pagos pelo Estado para ocupar edifícios no centro de Lisboa com institutos, Comissoes, Gabinetes e outros organismos do Estado.
  • Proibição imediata de qualquer ajuste directo do Estado sem a aprovação do respectivo Ministro da Tutela.
  • Proibição de gastos com festas de aniversario, Natal e outras pelos organismos do Estado.
  • Revisão dos custos e eliminação de todos os que envolvam a edição de sites de Organismos do estado por entidades externas.
  • Revisão das clausulas estatutárias dos organismos do estado que obrigam ao pagamento de mais de um ano de indemenização de Administradores.
  • Redução para valores inferiores a 10mil euros por mês de todos os ordenados de quadros dirigentes dos organismos do estado.
  • Eliminação dos “Jornais” e outros órgãos de comunicação social de Camaras Municipais e outros organismos do Estado.

Estas e outras da autoria do colectivo internetiano nesta petição online e em stereo no site Facebook.

A esquerda, a direita e o mexilhão

Comecei a seguir os bebedores do Vodka Atónito onde alguém com o pseudónimo de Little Bastard pergunta e com alguma justificação se “Num momento em que o PS anda a pedinchar ajuda do PSD para aprovar o Orçamento, será descabido lembrar que, teoricamente há uma maioria de “Esquerda” no Parlamento?

Teoricamente e na prática aquela esquerda não é toda a mesma.

Chamar esquerda a todos os que não queiram assumir tiques de defesa dos empresário dá destas generalizações. Talvez fosse bom lembrar o manifesto inicial do PPD-PSD que defendia os valores do Socialismo. O Social está lá, embora muitos militantes daquele partido finjam que não.

Chamar esquerda a todos os que tenham os tiques de defender os proletariado contra a ganância do patronato também não deveria ser marca de esquerda, mas de populismo. Dos lados do Bloco e Comunistas ainda se defende que a culpa é dos “rrricosss e poderrossssos”. Desses mesmos lados estão pessoas, mais abertamente no Bloco, que acham que o mundo é como era dantes em que um país se podia endividar sem que isso tivesse impacto ou consequência, e o equilíbrio das contas publicas não passava de um problema de capitalistas corruptos.

No governo está um partido que tal como o PSD nunca foi muito dado a defender extremismos. Por isso, não. Não temos uma maioria de esquerda. Temos a esquerda, a direita e ao centro o mexilhão.

A clivagem que se nota agora entre os mexilhões é própria de quem está a tentar definir uma posição que ajude o eleitorado a definir-se.

Depois das eleições passa-lhes.

A bola é redonda para todos, Professor Queirós

O futebol e a discussão futeboleira portuguesa, não são coisas que me incomodem ou me façam pensar duas vezes.

A Selecção Portuguesa de Futebol é desculpa para patuscadas lá em casa e o Benfica para dizer umas asneiradas com os colegas.

Dispenso os Donos do Jogo, a Frente de Ataque, os jornais diários desportivos e as escolhas de roupa do Rui Santos.

Não me meto nestas tricas de desporto, mas Professor Carlos Queirós:

  • Se acusa o dirigente da sua entidade empregadora de coisas que não consegue provar; e
  • Se insulta os membros da equipa de fiscalização da sua actividade.

não acha que despedimento por justa causa é pouco?

Talvez a medida certa fosse o processo civil por difamação e mais qualquer coisinha pelas palavras proferidas aos elementos da brigada anti-doping.

E agora, Senhor Pedro Passos Coelho?

Pedro Passos Coelho já não está em estado de graça, mas não está certamente no mesmo estado que se encontrava Manuela Ferreira Leite em Março de 2009.

As subidas nas sondagens pararam ao fim de alguma actividade e Marcelo Rebelo de Sousa já deu a primeira alfinetada na sua direcção:

“Só se estiverem loucos”, disse. “Aliás, eu já acho um bocadinho de loucura aquela conversa que ouvi há dois dias, que era um vice-presidente do PSD a dizer assim: mostrem lá o Orçamento até 9 de Setembro, que é a data em que termina o prazo para o Presidente dissolver [o Parlamento], para nós sabermos como é que votamos e saber se o Presidente deve dissolver ou não”, disse o comentador social-democrata.

Os apoiantes e detractores já se aperceberam que a estratégia de contacto diário com media tem efeitos secundários e o tempo escasseia também devido a esses efeitos.

A decisão do Presidente da Republica está datada e não estão reunidas as condições de a 9 de Setembro derrubar o Governo por esta via:

  • Não tem nada de palpável para levar ao PR;
  • Não garante maioria absoluta.

Está instalado o pânico. Com prazo tão curto, basta ao governo PS não fazer nada e nada dizer. Por isso a culpa é agora do sistema, que tem normas sujas e indignas por serem meramente Administrativas.

Pois… A culpa é do sistema, que nada deixou à arbitrariedade do árbitro.

Dúvida

Dúvida como névoa que não se dissipaA dúvida desgasta, ocupa, moí, mina e impede a lucidez. Toldar algo ou alguém com dúvidas faz com que tudo o que diz, faça, represente ou pense vir a ser se torne mais duvida.

A dúvida é assim ela própria geradora de mais dúvida. A dúvida aquietadora e toldadora reduz a possibilidade de resolução logo à partida por não poder ser ignorada e para sempre influenciar a decisão.

Quando é dúvida de amor, deixa-se ao coração decidir e tem de se adormecer a razão. A razão não precisa do coração e tenta por isso a todo o custo levá-lo ao engano.

Quando a dúvida não é do coração, julga-se perante os envolvidos, de acordo com as regras pré-definidas, utilizando apenas os factos e aceitam-se as conclusões.

Quando se julga, julga-se com o objectivo de desfazer a dúvida, acabar com o que a dúvida criou e continuar sem mais ses e porquês.

Aceita-se à partida que para esse julgamento só os factos servem e que os indícios sobejantes, eles próprios geradores de dúvida, devem ser descartados para sempre por não se ter provado constituírem apontadores para factos ou não se conseguir encontrar os factos para que parecem apontar.

Aceita-se que ao acusador, ao que levanta a dúvida, cabe a obrigação de transformar a duvida em factos, e aos que assistem, aqueles que julgam, cabe identifica-los como tal, evitando as falácias na argumentação de quem lança a dúvida.

Não podemos julgar e julgar e julgar os mesmos indícios vezes e vezes sem conta. Não é produtivo, nem racional e apenas gera dúvida, mas talvez seja esse o objectivo de quem dia após dia após dia após dia após dia alimenta a dúvida. Isso já nada tem a ver com a razão, aquela da lógica, mas com uma razão motivada, que de lógica já não tem nada e que tem tudo de emoção.

Isto podia ser sobre as coisas de um julgamento feito pela razão, mas acaba por ser também sobre as coisas do coração. O coração parece pois ter uma parte nas coisas da razão.

Este texto foi inspirado no que se disse aqui “A ‘táctica Calimero’ falhou” * « BLASFÉMIAS, aqui O primeiro dever de um jornalista – Delito de Opinião, aqui “Why Evolution May Favor Irrationality – Newsweek”, aqui O acessório do anterior cerne – jugular, aqui Câmara Corporativa: Simplesmente triste e também por aquela que me ocupa o coração.