10 decisões para reduzir o consumo de energia em Portugal

A relva é sempre mais verde do outro ladoA contribuição de todos para a problemática da redução dos custos com a energia está directamente ligada ao consumo energético dos nossos equipamentos eléctricos e à nossa vontade de mudar. A construção destes equipamentos é maior se comprarmos mais, por isso a redução do seu número estar-lhe igualmente ligada.

A implementação de algumas das sugestões que faço não depende exclusivamente do nosso esforço, mas de uma aposta dos nossos dirigentes em alterar realmente a nossa contribuição para as alterações climáticas.

Não proponho que voltemos ao CPL (Caneta Papel e Lápis), mas podemos ter algumas mudanças que serão válidas neste esforço.

Proponho aqui 10 medidas que se tomadas dentro de cada organismo público e privado irão reduzir substancialmente o consumo de energia e muito possivelmente ganhos de produtividade.

Essas medidas vão desde soluções de redução de equipamentos a politicas de racionalização dos recursos disponíveis, mas não esquecendo a pequena contribuição para a melhoria do consumo doméstico.

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Bife de atum como deve de ser

Bife de atum como deve de serPortugal faz muitas coisas bem, mas o bife de atum não é uma delas. Encher uma frigideira de cebolas, tomate e gordura e cozinhar uma peça de qualquer animal até ficar reduzido a um bocado seco e amorfo de comida não é em qualquer que seja o caso a uma boa receita.

Na essência, qualquer comida cozinhada até perder a totalidade dos seus sucos naturais fica a saber ao mesmo: papel.

Quem me pareceu que percebia alguma coisa do assunto foi o Jamie Oliver e é de um dos seus livros que quase me deu uma epifânia monumental. Nesse livro ele diz que o bife de atum não deve ser demasiado cozinhado.

A ligação é que bife de atum deve ser tratado como bife de vaca e não cozinhar em excesso. E foi aqui que decidi experimentar criar um prato de bife de atum como se de um bife de vaca se tratasse. Continuar a ler “Bife de atum como deve de ser”

Plano Tecnológico para informáticos de meia tigela

1st apple computerO plano tecnológico é algo que eu tenho de ler, mas não me parece que venha lá a solução para o problema dos informáticos de meia tigela na Medida da Modernização da Administração Pública. Esta fica-se pelo balcão e atrás do balcão parece-me que fica a mesma confusão.

Vem lá no plano que devem entregar computadores portáteis aos alunos desde o primeiro ciclo aos restantes anos de escolaridade.

A minha proposta ao Sr. Primeiro Ministo é que em iniciativa idêntica disponibilize os mesmos computadores aos funcionários dos institutos públicos e outros organismos estatais para serem as suas ferramentas de trabalho em lugar dos actuais computadores fixos.

Mas Sr. Primeiro Ministo, não deixe que os sr. Informáticos decidam por si se a medida é ou não viável.

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Sobre a gestão caseira

Mulher com dinheiroA gestão do orçamento familiar deve ser uma preocupação de cada um, endereçado por cada chefe de família como se se tratasse do orçamento de uma empresa.

Numa perspectiva de gestão do esforço familiar, deveria igualmente fazer-se um plano trienal ou menos ambicioso, um plano anual, que devia ser revisto a cada três meses quanto ao seu cumprimento.

Na manutenção familiar, e para aqueles em que todos os rendimentos vão directamente para o banco, obter via serviço online a informação até pode ser uma tarefa simplificada, dependendo de ter ou não mais contas para controlar, mais obrigações ou melhor ou pior serviço online do seu banco.

Pequenas alterações ao orçamento seriam seriam fáceis de encaixar e controlar não fosse a alteração brutal do ambiente externo ao exercício de gestão que estes controlam. Estou a falar do preço das hipotecas e dos combustíveis.

Não sou apoiante de todas as teorias da conspiração de como o preço do combustível é controlado apenas por umas quantas pessoas, mas começo a ficar desconfiado…

Os combustíveis parecem teimosamente não querer deixar de nos mudar o estilo de vida e empurrar a todos para a pergunta que se impõem: Que alternativas?

Os governos, se querem continuar a ser eles a resolver-nos todos os problemas das nossas vidas, terão de arranjar alguma coisa com que solucionar isto. E não pode ser urinar no depósito pois segundo a lei portuguesa, até isso paga imposto.

Se virmos bem, as alternativas actuais não resolvem nada. Os transportes públicos não têm condições para trazermos as compras para casa.

Aí está algo que ninguém se lembra nunca quando está a escolher o carro: será que dá para levar a avó à missa aqui?

Acho que a principal razão pela qual não conseguimos realmente livrar-nos do problema é porque não é suposto. É mesmo assim.

Como a cenoura e o pau são para o burro, com a crise para nos por a correr de medo de levar-mos com o pau e a melhoria de vida para nos por a pensar que algum dia lá vamos chegar.

O luxo de utilizar 3G

3G ChinêsO computador ubíquo nunca vai acontecer em Portugal se continuarmos com preços de acesso à rede de dados a valores pouco convidativos.

É certo que a tarifa é a mesma de um acesso ADSL ou Cabo, mas as condições não se comparam e por isso… retirem lá o acesso das aplicações à Net sem autorização do utilizador se querem manter a conta baixinha.

A previsão que nos venderam há 8 anos atrás foi que teríamos um objecto sempre presente com a capacidade de receber e enviar dados e com noção da nossa localização. A georeferenciação prometida permitia abrir automaticamente as aplicações que mais necessitaríamos na localização em que esse objecto se encontrasse.

Desconhecedor da matéria, mas um verdadeiro apaixonado da tecnologia como solução para facilitar a vida do ser humano, tenho de dizer que em meu entender o que ficou visível disto tudo é que empenhámos o futuro tecnológico de Portugal nos medos dos informáticos, nas promessas dos vendedores e nos operadores do 3G.

Desta vez não estamos sozinhos: Todos os outros países do mundo fizeram o mesmo.

Não estou muito preocupado com os operadores e os preços que pagaram pela concessão de exploração do 3G.

Os operadores continuam a lucrar com os serviços de voz. Tiveram dinheiro para o Oni-negócio e por isso não há que ter pena deles.

Não me parece que estejamos longe da visão do 3G que nos venderam, isto porque as tarifas de comunicação de dados terão mesmo de baixar até atingirem um valor mensal aceitável para um volume de dados razoável. O que os operadores precisam é de um empurrãozito.

Nada que a existência de sites com preocupações para os clientes com telefones moveis e PDA não tivesse ajudado. Afinal de contas sem funcionalidades e conteúdos com informação relevante, para que é que quero eu ter acesso Internet do telefone ou PDA?

O ideal é podermos navegar a web a partir de um objecto que tenha a capacidade prática de estar sempre connosco.

Desculpem-me os quadrados, mas um portátil não é esse objecto por razões que nem me vou dar ao trabalho de enunciar.

Por objecto transportável, refiro-me à promessa dos tais aparelhos 3G que iriam substituir os telemóvel e juntar tudo.

Estamos quase lá com a oferta tecnológica, veja-se o iPhone com aplicações que reconhecem a nossa localização e iniciativas na net como o wizi.com ou outras ligadas ao Google Maps.

Os operadores não se podem agora desculpar a dizer que não existe penetração por parte dos fabricantes do equipamento para não aceitarem a responsabilidade.

Acesso ubíquo não pode ser um luxo. Faltam os preços.

Os preços das comunicações moveis de dados têm de baixar significativamente e este canal terá de ganhar a mesma penetração junto da população que o GSM antes de poder ser usado lucrativamente ou com ganhos de produtividade.

De outra forma continuaremos a olhar para o 3G como um luxo e não uma vantagem competitiva para cada um de nós e para o nosso país.

Baixem os preços das comunicações de dados e cumpram a promessa.