Por uma questão de coerência com o que digo há cerca de quarenta 25 anos, por convicção e por lógica não concordo com esta Greve Geral.
Concordo com o direito à Greve, considero que deva ser exercido, mas só deve ser usado depois de exploradas as restantes opções.
Nunca fiz greve e sempre resolvi pessoalmente as minhas questões com os meus empregadores, a bem ou a mal e antes de me pintar até a um canto sem saída.
Existem mais maneira de resolver um mesmo assunto, mas os Sindicatos mostram sempre a via da Greve.
Os Sindicatos continuam a funcionar no modelo “ou sim ou greve”, mas qualquer gestor se precavê transferindo os impactos da Greve para outros e diluindo-os com serviços mínimos, pelo que o único prejudicado será o trabalhador que fizer greve: fica sem o salário desse dia e na lista dos que fizeram greve.
O direito à greve é para exercer, mas se o utilizamos vezes e vezes sem conta perde todo o efeito.
O direito à greve é dos trabalhadores, mas tratando-se da ultima hipótese, caberia a sua decisão aos trabalhadores e não aos seus representantes eleitos. Não será intenção do votante assinar de Cruz qualquer merda que passe pela cabeça a qualquer momento da vida do seu representante, carecendo por isso o sistema democrático de salvaguardas desse direito. Esta afirmação seria aplicável a outras decisões pois o sistema democrático actual, baseado na capacidade tecnológica e conhecimento à data do seu estabelecimento, não se soube adaptar à evolução, mas isso fica para outra altura.
Ainda sobre os sindicatos, recordo que a cronologia dos acontecimentos para a marcação desta greve é diferente da que agora nos querem fazer querer. Na data em que as duas centrais sindicais convocaram a greve só se sabia que a votação do Orçamento Geral do Estado para 2011 seria no dia 26 de Novembro. Ainda não se sabia os contornos do mesmo.
Um comentário em “Sou contra Greve Geral de 24 de Novembro de 2010, mas a favor daquilo que contesta”
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