A estudantada está celebrar o final dos cursos trajada a rigor e com a pasta cheia das fitas onde amigos e entes queridos discorreram sobre o amor e a amizade.
Nada de mal, não fosse o normal estado de tudo o que em Portugal se faz.
Dos estudantes que celebram o fim do curso com a queima da pasta, nem todos terminaram realmente o curso. Faltará uma prova ou um exame, mas o que interessa é celebrar o fim à vista.
Os cursos têm hora para serem chamados ao palco, mas a queima em que estive estava já com 2 horas de atraso e ainda só tinham sido queimadas as pastas do primeiro curso.
Quase todos dizem fazer parte da geração à rasca, mas até champanhe se escondia debaixo das capas.
O que não faltava eram pais e tios felizes com os seus descendentes que eram doutores.
Desenganem-se os que pensavam que o curso vos arranjava um emprego. Continuam a ter de ser organizados, esforçados e ter força de vontade férrea. De nada vos servirá a queima, a benção e demais se assim não fôr.