A legitimidade democrática em Portugal levanta-me muitas questões, desde a legitimidade democrática do líder associativo lá da rua, até à dos lideres dos nossos partidos políticos. Cheguei a estas questões, que pouco ou nada me alegram, por tentar explicar detalhes do nosso sistema democrático ao meu filho mais velho. No exemplo que lhe dei era assim:
- Uma ou mais pessoas candidatam-se para nos representar porque não é pratico falarmos todos ao mesmo tempo;
- Depois de eleitas, por controlarem a definição da regras, a informação e os seus canais, essas pessoas fazem o que lhes dá na telha;
- Essas pessoas são as mesmas que poderiam alterar as regras que as poderiam tirar de lá quando não cumprissem os pressupostos pela qual as tinham eleito.
Isto para crianças é assim:
- O pai oferece-se para coordenar as vossas vidas, mas quer que seja tudo legitimo e por isso deixa-vos votar;
- O pai promete pendas sem ter de ser Natal ou Aniversario;
- O de 3 anos vota no pai;
- O pai vota no pai;
- O de 7 anos vai com os outros e vota no pai;
- O pai põem toda a gente de castigo;
- O pai diz que a responsabilidade de estarem de castigo é deles, fica-lhes com os berlindes e as moedas que haviam nos mealheiros, tudo a bem de corrigir os graves prejuízos que a irresponsabilidade dos filhos causou.
A cara do meu filho mais velho foi igual à minha quando ouvi a falácia de que “os portugueses tinham vivido até agora acima das suas capacidades.”
Um comentário em “Legitimidade Democrática para crianças”
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