Ao governo dos Estados Unidos da América não passou despercebido o poderoso império da Microsoft, encabeçado pelo rei dos “”Geeks””, Bill Gates.
Assim, e numa decisão sem precedentes que mais parece um capricho que uma decisão governamental, decide-se pela cisão do fabuloso grupo Microsoft.
Numa época em que umas atrás das outras as empresas empreendem esforços em fusões, no sentido de melhor fazerem frente à crescente concorrência de maiores e mais poderosos grupos, o governo de um país toma a decisão de obrigar uma empresa a dividir-se em duas entidades dissociadas, sem um estratégia comum, sem um fim unificador.
Independentemente da intensão, o resultado real é que a empresa sai bastante debilitada, ficando assim à mercê dos mais directos concorrentes e especuladores bolsistas, assustando até os verdadeiros investidores.
É claro que num trabalho jornalístico de pesquisa se poderiam investigar as possíveis ligações entre os directos concorrentes da Microsoft nas várias faixas de mercado e os respectivos governantes que de uma forma ou de outra instigaram esta acção.
Quem realmente lucra deste movimento nunca será o utilizador, que até agora nunca tinha tido acesso a tantas coisas a um preço tão barato, não fora a fome espancionista do nosso amiguinho Bill.
Quem tem estado a ver os barcos a passar são as empresas que apostaram no UNIX e nos seus clones de estudo, como a Corel e a SCO, ou noutros softwares incompatibilizantes como a Lotus e a IBM, agora unidos pelo capital comum da IBM.
Este movimento a confirmar-se irá beneficiar os empresários que até hoje não encontraram qualquer tipo de solução criativa e inovadora para abanar o barco da Microsoft, sendo que serão estes os mais beneficiàdos pela acção do governo norte americano. Mas não fiquem a pensar que esta será a ùltima desgraça a abater-se sobre as nossas cabeças internetianas e informáticas. Avança a toda a força um processo de censura de conteúdos para a Internet sobre o nome encapussado de legislação.
Adimitamos que a rápida evolução dos sistemas informáticos e de comunicação têm ultrapassado por largos kilómetros os nossos legisladores.
Um bom exemplo disto foi o que sucedeu em 1992 com todo o software pirata apreendido pela antiga Guarda Fiscal e Policia de Segurança Pública, que na altura não dispunha de legislação adequada para o meio e que hoje continua a não têr, isto porque, convenhamos, os senhores governantes, e isto não é só para Portugal, estão demasiado ocupados em guerras polícas em favor de interesses em que eles próprios são os maiores beneficiados.
Não fosse o enorme interesse demonstrado pelas empresas pela Internet e não teriamos nunca que nos preocupar pelas vozes que se levantam em favor do policiamento da mesma.
Não que eu não concorde que devam ser perseguidos e capturados os que fazem uso desta para crimes tão horrendos como a pedofilia.
O problema no meio disto tudo é que se tende para uma responsabilização do fornecedor do serviço como forma de criação de uma suposta auto-consciência por parte dos fornecedores de serviços, passando para eles a responsabilidade de bisbilhotarem o alheio.
Mas se o nome “”Home-page”” significa alguma coisa em português, e em tradução à letra, é Casa-página, e nós não gostariamos de ver os senhores policias, sendo eles senhorios auto-conscienciosos ou policia de segurança, a entrar em nossa casa todos os dias para verificarem se estamos a fazer alguma coisa de ilícito, não que estes não o devam fazer, mas porque o fariam sem mandato de um juiz, o que não obrigava a acusação formada.
Seria assim o dono de cada empresa fornecedora de serviços uma espécie de Big Brother, mas pequinininho, e sendo pequinininho teria também ele interesses pequinininhos e talvez mesquinhos, colocando nas mãos de um senhor empreendedor o direito de denunciar os possiveis infractores por infrações em que o denunciante seria tambem ele o fornecedor do meio de prova.
As ramificações são interessantes.
Quem me conhece sabe que não sou o maior defensor da Microsoft e da total liberdade, mas entendam que aqui os nossos governantes se estão a exceder no caso do sr. Bill e da Internet.
Não pensem que por a decisão ser tomada pelos EUA que a nós não nos vai influenciar, pois para isso temos a Internet que nos tem unido aos outros povos, e principalmente ao americano por vir deste a Internet.
O que se passa aqui não é o que nos mostram à tona dos acontecimentos, mas sim a perda de controlo por parte dos governantes por um sector de actividade que se tornou fuga para muitas pessoas e negócios ao espartilho ideológico e fiscal a que os governos obrigam, muitas vezes apoiados por legiões de beatas desinformadas, que assustadas com tudo o que é novo e diferente ajudam os interesses económicos de poucos a subjugarem os possiveis novos empreendedores a regras que só a eles vão ajudar acenando no caso da Microsoft com o perigo de monopolização e no caso da Internet com os grupos Neo-nazis e com a pedofilía.