Todos nós tivemos os nossos dias de sofrimento.
Uns porque usámos aparelho, outros porque eramos pequenos, outros porque tivemos de usar óculos.
Eu fui benzido com duas de três. Não que o não ter aparelho me tenha salvo da chacota dos meus colegas, ou que os óculos os tivessem impedido de me usarem como saco de pancada.
Se acrescido disto se arranjar um mala de escola com o dobro do tamanho do proprietário, o cocktail é mortífero.
Como um jerico com carga a mais, a fuga pelos corredores do ciclo preparatório era uma empresa destinada a fracassar.
A salvação descobri-a após algumas cenas de maus tratos.
Quando dava comigo encurralado podia sempre usar a minha mala como malho de guerra, brandindo-a em circulos largos e varrendo os meus oponentes abrindo uma passagem para a salvação.
Não é que eles achassem muita graça, aliás as represálias foram sempre recheadas de episódios indignos do prime-time deste site.
Não levou muito tempo para que os agressores descobrissem que bastava uma mala para parar o impeto do meu engenho.
As vitórias técnicas estão sempre ditadas ao fracasso á posterirori.