Recebi no email a provocação abaixo. Ela já não é nova:
Ora cá estão os nossos constituicionalíssimos irmãos na luta pelo socialismo:
- Bangladesh
- Guyana
- India
- Coreia do Norte
- Portugal
- Sri Lanka
- Tanzania
O artigo da Wikipedia em causa tem mais objeções do que outro qualquer que eu já usei:
- This article needs additional citations for verification. (October 2008)
- This article’s factual accuracy is disputed. (March 2008)
- This article may contain original research. (February 2008)
- The neutrality of this article is disputed. (January 2012)
Pessoalmente, entendo que o Socialismo aplicado a Portugal é mais uma Social Democracia que o exemplo dos países referidos como Socialistas, mas concordo que o preâmbulo da Constituição da República Portuguesa nos indica como socialistas.
Mas a Constituição da República Portuguesa indica que se deve “assegurar o primado do Estado de Direito democrático e de abrir caminho para uma sociedade socialista” e não apenas “abrir caminho para uma sociedade socialista” como tanto se destaca nos escritos mais à direita. Tenhamos consciência que a frase é uma dor de cabeça e um espinho nos corações dos revisionista, mas este socialismo português nada tem a ver com o de uma Coreia do Norte ou Sri Lanka, ou estes partidos que nos governam nem sequer teriam ido a eleições.
Se esta constituição não serve, o que ela diz, e está aceite, é que terão de negociar as suas alterações com 2/3 dos deputados, mas o PSD/CDS-PP preferiram alienar este capital e não seguir por essa opção, cobrando a Seguro a governação da anterior legislatura. Seguro, visto como opositor de Sócrates dentro do seu partido, ficou assim impedido de negociar a desejada revisão constitucional porque a maioria não estava sentada na mesa.
Não comecem sempre a casa pelo telhado. Se atuam primeiro e depois é que se preocupam com as regras, não venham depois dizer que a culpa é do arbitro.