Em São Bento temos novas caras que vamos conhecer brevemente.
Não falo do governo, porque esse tem a cara de José Socrates venham lá que Ministros vierem, mas da Assembleia da Republica.
Todos dirão:
– Eu estou do vosso lado. Farei tudo o que vos disse na minha campanha eleitoral. – Mas não nos dirão o quando. Afinal, quem governa terá de tomar a iniciativa e a oposição terá a reacção que já sabemos: opôr-se.
Quando lá chegam, concluem sempre que é impossível. Isto serve para todos os políticos:
– O antecessor gastou o que havia, deixando-nos a todos na miséria.
Com tanta informação e acto publico, mas depois com tanto desconhecimento, fico com a sensação que os opositores nunca estudaram a lição.
Depois vêm as desculpas do costume:
– A vida está difícil para todos. Eu nem vou poder trocar o meu BM pelo modelo novo. Onde é que isso já se viu. O que é que vem aí a seguir? Ainda me pedem para guiar o meu próprio carro.
Para poupar o dinheiro dos contribuintes vão propor que Institutos públicos sejam fundidos e que outros sejam separados.
O Governo vai dizer que não vai despedir ninguém quando mandar apertar o cinto. Excluiu logo à partida os quadros técnicos, médios e administrativos.
Questionados sobre a razão desta actuação afirmarão:
– Se os despedirmos, quem é que vai efectuar o trabalho?
Como politica de contenção de despesa, o CDS-PP vai investigar e descobrir que alguns funcionários do estado não usam totalmente o subsidio de refeição para comer.
Confrontados com esta descoberta, afirmarão em comunicado que irão propor cortar-lhes o subjante do subsidio. Afinal de contas, se não o usam para comer, é porque não precisam.
O baile está armado. Fico com a ideia que fosse qual fosse o resultado das eleições, eu não ficaria satisfeito com o que viesse a seguir, não porque fosse ideologicamente contra, mas porque a seguir vem sempre as desculpas de mau orçamentista.