Em Janeiro celebro os meus quarenta anos de vida.
Ao contrário de outros humanos mais estereotipados do sexo masculino, não tenciono comprar uma mota e juntar-lhe uma loira com metade da minha idade.
Penso em celebrar este dia na companhia da minha mulher degustando o que de melhor haja para a mesa em Portugal e possa ser servido a um casal nos seus primeiros ‘entas:
- Abria com um leve e enrabichado almoço acompanhado de algum vinho branco.
- Passava por um lanche de pratitos de ovinhas e orelha de porco bem aportuguesados e acompanhados de umas ‘jolas fresquinhas e desprovidas de preconceitos.
- Fechava num restaurante japonês de escolha para me encher de Sushi até deitar por fora.
Por outro lado, a ideia de fazer uma festa de partir a moca não deixa de fazer sentido na minha cabeça. Afinal é a partir dos quarenta que:
- Pagamos a conta pelas nossas acções e decisões passadas;
- Perdemos a rigeza física que até aí nos caracterizou;
- Passamos de jovens excitados com excesso hormonal a velhos porcos.
Trata-se por isso da ultima oportunidade para contrair dividas futuras com a vida enquanto ainda temos capacidade de pagar.
A falta de experiência por 20 anos de bom comportamento estão a tornar difícil imaginar mais que alguma loucuras relacionadas com bebida e stripers.
Será que é a este constante pensamento de “não sei que fazer” que chamam andropausa?