Algo que não acontece a nenhuma mulher, mas que inferniza a vida dos que estão à sua volta durante uma semana.
Mês: Janeiro 2010
“Entropia”
As necessidades dos outros que intreferem com os nossos objectivos.
“Um complicado”
Pessoa que não nos permite que lhe passemos as nossas responsabilidades sem nos exigir contrapartidas ou nos colocar condicionalismos.
Sempre são quarenta
Quarenta anos não deviam fazer qualquer diferença, mas dois filhos vieram demonstrar que fazem toda a diferença.
A barriga já faz sombra e os cabelos brancos vão aparecendo em sítios que nem vos conto. Soube que estava realmente a envelhecer quando aquela pestana branca que caiu quando me assoei não era realmente uma pestana.
A ratice vai acentado arraiais e a maneira de ser vai sendo a mesma, mas com o polimento que o tempo lhe dá.
Com a idade sinto-me cada vez com menos certezas e a necessitar de aprender mais. A única certeza que permanece é a de que no dia que souber que tenho de ir, vou ficar muito chateado de me ir embora.
Para trás vou deixar este blog com já quase 10 anos de existência, uma banda desenhada nunca publicada e o que mais conseguir fazer nos muitos anos que ainda quero cá andar.
Tive a sorte de me cruzar com quem é hoje a minha mulher. Por eu não ser tão grande homem, não significa que ela não seja uma grande mulher.
Ouvi dizer que um homem só é homem depois de construir uma casa, plantar uma àrvore, ter um filho e escrever um livro. Não sei se o cebolinho e o basilico que fui plantando para os meus cozinhados contam como a tal àrvore, mas a remodelação da minha primeira casa conta de certeza como a casa construída pois até chão assentei, coisa que prometi a mim mesmo nunca mais fazer.
Do trabalho não tenho o desafio que gostaria, que isto de ser gestor de projectos onde estou é mais sobre não fazer e controlar do que tomar iniciativas.
A idade já me permite dizer “que se lixe”, desde que não me lixem cá os horários com a mulher e as crianças. Algum dia faço pela minha mão o que ainda não me pediram e poderei voltar a dizer: “Eu fiz Isto!”
Dos amigos vou ouvindo dizer que estou apuradinho, mas a fila para os jantares cozinhados por mim nunca diminuí, demonstrativo que não envelheci salgado ou apimentado, mas apenas apurado. Apurado não: apuradinho.
No fundo, tenho a sensação que estou sempre a aprender, sempre a querer mudar, sempre a querer fazer, sempre no mesmo lugar. Talvez seja isto envelhecer.
“Aniversário”
Celebração anual da própria sobrevivência.