No meio da excitação dos que se consideraram vitoriosos e da derrota dos que não atingiram os seus objectivos uma coisa é certa: As sondagens estavam muito erradas.
Tanto que se receou a abstenção e no final foram as sondagens quem distorceram os resultados com uma diferença entre o resultado final e a média das sondagens de -8,32% no caso do PS.
O PS, que na média das sondagens se apresentava com uma magra vantagem sobre o PSD, acabou a noite com uma larga desvantagem.
Analizando os dados disponíveis, ficamos a saber que as margens de erro propostas pelas sondagens utilizadas não são de confiança.
O quadro seguinte mostra os valores propostos pelas sondages contra o resultado final e a sua diferença.
Lista | Média das Sondagens | Resultado Final | Variação |
PS | 35,40% | 26,58% | -8,82% |
PSD | 32,60% | 31,68% | -0,92% |
BE | 10,10% | 10,73% | 0,63% |
CDU | 8,60% | 10,66% | 2,06% |
CDS-PP | 4,90% | 8,37% | 3,47% |
Outros | 8,40% | 11,98% | 3,58% |
Com estas variações entre o resultado das sondagens e o resultado final, pode ser que fique de lição aos abstencionistas que votariam PS para não confiarem aos outros as suas decisões.
Quem ficou assustado com as sondagens foram os votantes do CDS-PP que com sabedoria foram colocar o voto na urna e puxar a sua parte da carga que nos cabe a todos nós.
A sondagem que maior margem de erro declarava não ultrapassava os 4%. Enquanto a margem de erro serve para absorver a variação final do PSD, no caso da diferença de resultados para o PS haverá muito que explicar.