Já que aí vêm as comemorações do 25 de Abril e todos os habituais discursos.
Convenhamos que tendo me decido por colocar estas crónicas on-line, devo ter a minha opinião aqui antes ainda da imprensa escrita e televisiva, ou não fosse a Internet o meio imediato por excelência.
Já sei que a parte do “”imediato”” é mentira, mas para não nos desviar-mos deste assunto falarei disso noutra ocasião. Viva o 25 de Abril!
Viva a Liberdade, conquistada a ferro pelos nossos camaradas das forças armadas. Eles conseguiram livrar-nos do ditador e deram o poder a um governo democráticamente eleito, que não o usa abusivamente obrigando o tribunal de contas a apenas pareceres consultivos.
Assembeia onde os deputados que lá estão são os que foram eleitos e não os suplentes. O melhor é eu deixar-me de gozos pois o assunto é muito sério. Pois saibam os ilustres cibernautas que o deputado em que votaram pode não ser o que lá está.
Então se ele é um suplente e não o que fez a campanha, qual é a legitimidade com que ele representa os constituintes que o seu antecessor supostamente representria? E quem disse a esse senhor que podia delegar funções em terceiro?
Não que o outro seja melhor que ele, mas pelo menos estava lá legitimamente. E já agora, se eles estão lá como nossos representantes e a trabalhar para nós, porque é que não nos perguntam nada todos os anos quando sobem os próprios ordenados em quase 10%?
É engraçada a forma como os deputados se colocaram a eles próprios fora dos processos normais de justiça e controlo a que o comum cidadão está obrigado.
Estou a falar da Imunidade Parlamentar.
A Assembleia no seu conjunto funciona de uma forma que não necessita de prestar contas a ninguem, num momento em que as despesas do executivo recebem duras criticas por parte dos nossos parceiros em Bruxelas.
Já agora expliquem-me por que raio estou eu a pagar a deputados em assembleias nacionais quando em Bruxelas existe outra assembleia?
Talvez para que a assembleia de Bruxelas emita norma europeias que o governo não cumpre.
Acreditem que se nos fiármos na inércia daqueles senhores, nunca vamos chegar a lado nenhum.
O Imposto Automóvel é um exemplo flagrante da impunidade em que o governo e funciona, que após várias vezes aconcelhado por Bruxelas a corrigir este imposto completamente ilegal, que ainda por cima faz dupla tributação, continua a fazer ouvidos de mercador enquanto procura uma fórmula de ir obter a mesma receita fiscal para quando for realmente obrigado a retirar o imposto.
E não pensem que os deputados e eurodeputados são isentos de culpas neste caso, pois mais uma vez os ditos senhores dão mostras de um cooperativismo exemplar uma vez que nenhum deputado leva o assunto a plenário ou o contesta nas sessões de aprovação do orçamento de estado, pois também eles andam a chupar na mesma teta: O povo.